Sento no outro sofá e penso, acho não vou a lugar nenhum depois daqui. Vejo o Baú do nosso Pai na minha frente vou ate ele e o abro, encontro varias coisas. Uma Pistola toda preta que pertencia ao meu pai, um facão e equipamentos de armas para colocar nas pernas e nas costas.
No fundo do Baú encontro um pequeno livro, mas quando abro era o Diário do meu Pai mas não havia muitas coisas escritas nele, então aproveito e começo a escrever minha historia deste dia como tudo começou ate a minha chegada ate aqui.
Fecho o Diário e me encosto no sofá, paro e penso alguns minutos de como sair deste porão. Olho para o lado e vejo uma velha mochila da escola minha pendurada no gancho da parede, vou ate ela e a pego e coloco atravessada em meu peito.
Ela ainda tinha seu tom de verde escuro com preto, eu a usava sempre quando ia para escola... bons tempos. Começo a me equipar colocando a pistola na perna e o facão nas costas e a mochila atravessada no peito. Dentro dela coloco o diário , estou pronto agora é hora de tentar escapar, vou ate uma pequena janela de grades que havia ao lado da porta e vejo 2 parados sentados no chão de cabeça baixa e gruindo.
Outros andando em círculos olhando para cima gruindo também, volto e sento no sofá novamente e tento pensar em alguma fuga. Por um momento lembro que havia uma chaminé nesse porão que era da lareira que tínhamos aqui.
Começo a procurar rapidamente ela sem fazer muito barulho para não chamar atenção deles, pego uma lanterna que tinha dentro da gaveta e vou ate o fundo do porão. E lá estava nossa lareira, era bem estreita o suficiente para eu passar. Começo a subir lentamente, havia pequenos buracos nela que eu colocava a Mão para poder subir, já na metade escuto um barulho vindo do porão.
Eram eles, conseguiram arrombar a porta por que sentiram que eu já estava fugindo dali, olho para baixo e vejo as sombras deles passando em frente a lareira, isso significa que eles não devem ter visto. Então continuo subindo mas sem querer resvalo por um momento e caio alguns centímetros.
-Essa foi por pouco. – Falo respirando fundo repondo o fôlego.
Um grito ecoa pela chaminé fazendo eu tremer e olhar para baixo, vejo dois deles me olhando e no mesmo momento tentando subir, mas era muito estreito para eles mas um deles acaba conseguindo e começando a me alcançar.
Continuo subindo o mais rápido possível, chegando ao topo havia um bloco bloqueando a passagem, era impossível eu conseguir passar e a morte estava se aproximando cada vez mais de mim, se eu atira-se nele o barulho ecoaria pela chaminé e alertaria mais deles.
-Essa não...e agora?
Ele se aproxima e agarra meu tornozelo e tenta me puxar para baixo, eu retiro o facão das costas e fico no olho dele e no mesmo instante eu puxo novamente dando um chute em seu rosto fazendo ele cair.
Vejo uma fresta de luz em meu rosto era de um tijolo quebrado a na minha frente. Tento empurrar ele e ver se consigo quebrar o resto, pego o facão e começo a bater do lado ao contrario.
Bato forte e consigo quebrar três tijolos fazendo uma pequena abertura, vejo que os tijolos que seguravam o bloco de cimento que impede a minha passagem estavam quebrando então começo a bater neles. Consigo mover um pouco o maldito bloco, ele se desloca pouco a pouco então faço força para movê-lo para cima, ele se movia pouco a pouco mas finalmente eu consigo fazer ir para o lado liberando o suficiente a passagem para eu passar.
Saindo pela chaminé eu podia ver todo meu bairro destruído e por um momento me passa pela cabeça o email que eu recebi de um amigo que tinha me mandado pedindo para eu ir ate a casa dele.
Mas será que ele esta bem? Será que vale a pena ir ate lá verificar? Nairo me espera no Zoológico e sem falar na cha e os outros. Bom eu estava tão perto da casa dele, acho que não custa nada ir ate lá conferir.
-Agora como eu vou descer?
Caminho abaixado sem deixar ninguém me ver, chego ate a árvore do vizinho que eu escalava quando era pequeno. Subo no galho e começo a andar sobre ele lentamente colocando o mínimo do meu peso nele, se eu cai-se dessa árvore agora eu me mataria, sem falar que alertaria eles e eu não teria força para correr.
Chegando ao centro da árvore começo a descer lentamente fazendo o mínimo de barulho, vejo a casinha do cachorro sangrenta logo a minha direita, a ultima coisa que eu queria agora era um cachorro enlouquecido atrás de mim.
Caminho lentamente olhando para dentro da casa mas não havia nenhum cachorro, com muito descuido acabo pisando em um ursinho de pelúcia que começou a cantar uma musica irritante. Peguei ele e joguei para cima da casa, a porta dos fundos estava aberta vejo a senhora Carmem caminhando lentamente para fora.
Era uma velha gorda de cabelos brancos escabelados e vestindo um vestido azul com listras brancas que ia ate as canelas. Ela estava com a boca coberta se sangue, seu vestido azul estava rasgado no peito e com manchas de sangue e toda escabelada.
Ela se aproximou ate a porta e parou e ficou me olhando, uma gota de suor fria escorre sobre meu rosto pálido, ela volta a caminhar em minha direção lentamente mas no momento em que eu coloco a Mão no facão atrás de mim ela começa a correr e eu não perco nenhum minuto e corto seu pescoço. Coloco novamente o facão nas costas e subo no muro dela e pulo para o próximo quintal, faltavam mais duas casas para eu chegar ate a casa do meu amigo.
Não perco tempo e corro ate o muro e pulo rapidamente, mas me seguro no muro rapidamente para evitar de cair na piscina de sangue a minha frente. Havia três corpos boiando nela,um menino e um homem e uma mulher.
-Credo...
Caminho por cima do muro e pulo no quintal e corro ate o próximo muro e quando vou subir nele.
-Essa não...
Havia uns cinco deles andando pelo pátio, e a casa seguinte era a do meu amigo. Então tenho que ir pela frente da saca mesmo, vou agachado pelo muro e vejo a casa do meu amigo logo em frente. Pulo o muro e vou ate a frente da casa dele correndo agachado por trás de um carro que estava destruído ali em frente.
Chegando na casa dele tento abrir a porta e para a minha sorte estava aberta, entro lentamente e a tranco. Caminhando sobre a sala vejo tudo no seu lugar nada fora do normal, tiro a pistola da perna e empunho ela junto com a lanterna que estava dentro da mochila.
Estava muito escuro, quando me aproximo do quarto dele sinto uma punhalada nas costas que faz eu cair inconsciente na frente do quarto dele.
Eu acordo deitado no sofá da sala, e vejo meu amigo olhando minha arma. Lentamente eu levanto e boto a Mão na cabeça e sinto uma dor enorme, ele me olha e da um leve sorriso.
-É bom ver você de novo cara!
-Você poderia ter dito isso antes de me bater né!
-Foi mal, pensei que você era um deles... eu sem querer deixei a porta aberta.
-É to sabendo...
-Recebeu meu email não foi?
-É recebi sim...
-E por onde você se meteu? Como conseguiu chegar ate aqui com vida?
O nome dele era Luiz Vicente mas todos chamavam ele de ‘‘Be’’, era um cara tranqüilo, na dele, não confiava muito nas pessoas, era meu braço direito, éramos amigos de infância. Ele era um ano mais novo que eu, ele odeia injustiça assim como eu mas adora uma briga as vezes.
Tem o tom de pele escura e usava uma camiseta regata preta com um dragão branco estampado nas costas.Na escola quando brigávamos contra caras mais velhos, ele sempre encarava junto comigo.
-Nossa cara...passei por muita coisa que você nem iria acredita!
-Entendo...e você encontro alguns dos nossos amigos lá na escola?
-Sim...todos alias.
-E todos morreram?
-O Jeferson, a Charlene e o Marcelo agente conseguiu sair da sala de aula a tempo, mas tempo depois o Jeferson foi infectado e acabou...
Vejo Be fechando a Mão e sinto um sentimento se ódio saindo dele, mas não é pra menos, Jeferson era nosso amigo de infância também. Nós nos criamos juntos desde então, é normal que se sinta assim.
-Como assim Infectado? – pergunta Be olhando para o lado e logo olhando diretamente para mim.
-Isso tudo que esta acontecendo aqui cara é um...Vírus.
-Vírus? Vírus do que? E da onde ele surgiu?
-Ele veio do zoológico, de uma cobra para ser exato.
-Meu deus...e como você sabe de tudo isso?
-O guarda e veterinário de lá me conto toda historia, ele esta lá junto com o Nairo.
-Nairo?
-É outro cara que eu encontrei no super mercado.
-E cadê o Marcelo e a Charlene?
-Estão na casa dela me esperando, eu encontrei varias pessoas depois que conseguimos escapar da escola.
-E eles estão vivos?
-Não alguns morreram tentando sobreviver...
-Bom então vamos sair daqui né – Be levanta e vai ate o seu quarto.
Vou ate o quarto dele vejo ele pegando algumas roupas e colocando dentro da mochila, vejo lagrima escorrendo de seu rosto. Ele vai ate a cozinha pegar alguns suprimentos, pego minha arma que estava na mesinha do sofá da sala e coloco na perna novamente.
-Pegue o facão do seu avó cara...vai ser útil. – digo para ele encostado na parede da cozinha.
-É parece que você já ta experiente no assunto né Edward.
-Digamos o suficiente para eu me manter vivo.
-E para onde nós vamos?
-Vamos para a casa da Charlene, mas primeiro temos que passar no zoológico para buscar o Nairo e o guarda Emerson.
-Isso parece loucura, mas não temos outra escolha, já é quase 8:30 já esta escurecendo, não é uma boa idéia sair essa hora.
-É você tem razão...me diz uma coisa seu telefone não funciona?
-Funciona sim mas para quem você quer ligar?
-Para o Zoológico talvez Nairo atenda.
Busco na lista telefônica o numero do Zoológico, quando eu encontro pego o telefone e disco os números rapidamente. O telefone chama, chama e ninguém atende.
-Droga Nairo...vou tentar de novo.
-Nada ainda?
-Não ninguém a...NAIRO? Nairo consegue atender o telefone.
-Edward? É você cara?
-Sim sou eu...
-É bom ouvir a sua voz cara...pensei que estive-se morto.
-Mas eu to bem...olha eu vou busca você ai amanha cedo viu, é muito arriscado se agente ir agora.
-Agente quem?
-Eu to com um amigo aqui...mas não esquenta que...
-Ahh Edward... o Emerson ele ta maluco aqui, me ajuda cara!
-Ele foi infectado?
-Eu to dentro de um armário ele ta tentando entrar...
-Nairo...agüenta firme cara! Nairo? Responde porra...
Desligo o telefone e boto a Mao na testa e tentando pensar em o que fazer. Vejo Be me olhando com um pedaço de pão na boca me olhando bem serio, tento ligar novamente mas estava fora de área.
-E ai o que aconteceu? – pergunta Be.
-O Emerson...ele foi infectado e atacou Nairo!
-Então ele já era?
-Não...ele disse que se trancou dentro de um armário, espero que ele agüente.
-Bom você não vai querer ir agora não é?
Olho para baixo e fico pensando.
-Edward...nem vem, eu não vou sair daqui a essa hora!
-Mas Be o cara lá pode morrer, nós temos que ajudar.
-Mas se sairmos agora nós é que vamos morrer.
Por um lado ele tinha razão, sair a essa hora para o zoológico que estava cheio de animais infectados, era suicídio então teríamos que passar a noite ali.
-Ta certo...
-Ótimo, então vamos comer alguma coisa vem!
Be havia feito Miojo, nossa fazia tempo que eu não comia aquilo, nem achei que comeria novamente. E um copo de coca bem gelada no meu lado, depois fomos para a sala então contei tudo para ele do que aconteceu ate eu chegar ate aqui.
-Nossa meu irmão...nunca pensei que você conseguiria se virar sem eu por perto.
-Muito engraçado...ate parece que você conseguiria fazer a metade do que eu fiz.
-Faria o dobro... – Caímos na risada.
Apagamos todas as luzes da casa para não chamar atenção de nenhum deles, nós não tínhamos sono algum então ficamos conversando ate as 4:00 da madrugada só com um lampião velho que fazia uma pequena luz.
-Cara eu sei que deve ser difícil passar por esse dia...mas você acha que eu esqueci? – Diz Be olhando para mim e sorrindo.
-O que?
-Feliz Aniversario cara...hoje é 31 de agosto esqueceu?
-Nossa...é verdade!
-18 anos em...ta ficando velho.
-Brigado cara...pelo menos você lembro.
-E ai o que vamos fazer? Reuni a galera e ir numa pizzaria? Ir em um bar com stripers?
-Acho melhor ficarmos aqui mesmo...
-Ta brincando? Vamos a algum baile ou vamos fazer uma festa e convidar aquelas suas amiguinhas! O que você acha?
-Só você mesmo né Be!
Um Barulho nos alerta fazendo agente olhar para trás, Be desvia seu olhar para baixo dizendo para eu ficar quieto e esperar que ele iria ver o que era.
-Fique aqui, eu já venho!
Se não me engano era batidas na porta uma atrás da outra. Quando Be volta havia parado, ele senta no sofá e fica de cabeça baixa.
-Be o que era aquilo?
-Nada era só o meu cachorro querendo sair...
Não eu sabia que era outra coisa mas ele não queria me contar, então eu espero ele dormir e vou ate lá para ver o que era. Be já estava em profundo sono e eu vou ate a porta que levava ate o porão, abro ela lentamente com a chave que já estava nela e vejo um rastro de sangue na escada.
Desço lentamente escutando os barulhos que a escada de madeira fazia, chegando ao chão vejo duas pessoas acorrentadas e quando eu chego perto deles eles acordam e avançam tentando me morder, caminho de costas e me bato contra Be que estava parado ali chorando.
-Be... essas pessoas são!
-Meus avós...eu tranquei eles aqui em baixo por que não queria que ninguém mata-se eles, eles não mereciam virar esses monstros Edward.
-Eu sei...
-Não, não você não sabe...aqueles ali não são mais os meus avós que me criaram durante 12 anos.
-Be...
-E agora, eu vou dar paz a eles.
-Espera...BE!
Be pega meu facão e corta a cabeça dos dois no mesmo instante, ele limpa a lamina do facão com um pano velho e me devolve. Ele passa por mim limpando o rosto cheio de lagrimas, e sobe as escadas.
-Vamos embora! – diz ele.
-Agora? Mas é cedo ainda, o sol mal nasceu!
-Não importa, vamos agora! – Be fala sem nem se quer olhar para trás.
Chegando na sala pego minha pistola e a coloco na perna e limpo meu facão novamente e coloco nas costas e coloco a minha mochila, Be pega um machado que estava atrás da porta dos fundos na parede.
-Já esta pronto? – pergunto para Be, ele trocou de roupa, estava vestindo um abrigo preto com uma listra branca no lado, um canguru preto, com um tênis da Puma vermelho e com uma mochila preta nas costas.
-É...vamos embora daqui!
-Vamos sair pelos fundos que é mais fácil... – vou caminhando ate a porta dos fundos, mas Be me puxa pelo braço e balança a cabeça negando alguma coisa.
-Eu tive uma idéia!
-Então me conta...
-Á muitos deles lá fora, vou atrair o Máximo pra cá e você prepara tudo pra manda essa casa pelos ares.
-Mas Be...e como eu vou fazer isso?
-Usa o Gás...deixe ligado e fique me esperando no lado de fora.
-Ta certo, mas deixe que eu atraio eles pra cá...
-Beleza você já ta experiente mesmo, vai lá!
-Ta prepara tudo ai!
Abro a porta da frente da casa e espero o sinal de Be, ele estava preparando os dois gás que havia ali. Será que vai dar certo? Ultimamente tenho feito tanta coisa que eu não faria nem sonhando, acho que explodir uma casa não vai ser tão difícil, vejo Be me fazendo sinal. Bom é a minha vez, corro ate a rua c começo a quebrar um vidro do carro tentando chamar a atenção deles.
-AQUI SEUS BABACAS...VENHAM ME PEGAR!
O alarme do carro dispara que alerta todos que estavam ali perto, os gritos começaram, vários se aproximavam de mim, se eu quisesse morrer era a hora certa. Então corro para dentro da casa e vejo uma pequena vela em cima da mesa da sala acesa, o cheiro do gás já estava em toda cozinha.
-Edward por aqui! – grita Be me chamando nos fundos.
Eles quebraram a janela e entraram vários pela porta, passo correndo pela vela e felizmente ela não apaga, Be estava dentro da piscina da sua casa, era bem funda e acho que nos protegeria da explosão.
Olho para trás e vejo eles quase saindo pelos fundos, mas minutos depois tudo vai pelos ares. Uma grande explosão que seu impacto me faz eu cair dentro da piscina com muita força, eu levanto e vou pro lado do Be, pedaços de madeira caíram em nossa frente junto com pedaços de braços e pernas.
-Quantos você acha que matamos? – pergunta Be.
-Acho que uns 20 entraram ali – Be começa a rir e aperta a minha Mão dolorida.
-Nada melhor do que começar o dia explodindo a nossa casa.
-Você é doido! Vamos temos que aproveitar e fugir.
-Tem razão, vamos!
Saímos da piscina e vemos a casa dele em chamas toda destruída, nunca pensei que um dia eu faria isso. Pulamos o Muro do visinho e fomos por dentro do pátio, fomos ate a frente da casa e verificamos se havia algum por perto, mas estava tudo vazio então era a nossa chance.
-O muro do zoológico que eu pulei fica logo ali em frente, vamos!
-E como nós vamos pular um muro daquele tamanho?
-Vamos ter que pular o muro do estacionamento que é menor... – Atravessamos a rua e fomos pelo costado do muro do zoológico ate fazer a volta e chegar ao estacionamento.
A tensão estava tomando conta de Be, eu já estava me acostumando, também 3 dias já convivendo com isso. E pra piorar era meu aniversario, eu esperava esse dia como os outros anos, ir para a escola, fugir dos caras que queriam me jogar ovo, cantar parabéns na sala de aula, chegar em casa e sair pra almoçar com meu irmão, e o melhor de tudo, ganhar presente dos amigos mas parece que esse ano vai ser diferente.
-E qual é a sua idéia cara? – pergunta Be.
-Como assim? – paramos para descansar atrás de uma árvore.
-O que nós vamos fazer depois que salvarmos esse teu amigo ai? Nós vamos continuar na cidade?
-Olha, depois que pegarmos o Nairo, vamos para a casa da Charlene e lá pensar em algo juntos para sair da cidade, ainda hoje!
-Entendi...bom vamos seguir, tu cança muito rápido cara – fala ele com um ar de risada.
Seguimos em frente e chegando ao muro do estacionamento do zoológico, não dava pra ter uma visão clara do local, pois estava um pouco escuro. Era 5:30 da madrugada e o sol estava nascendo aos poucos, pulando o muro tiro o facão das costas e fico empunhando ele para o chão, Be fica com o machado contra o peito prestando atenção em cada movimento que eu fazia.
Avisto a casa onde Nairo esta, olho para Be e aponto para ele com o dedo a casa. Caminhando atrás dos carros sem fazer nenhum barulho nos aproximamos da casa, quando vamos passar pelo ultimo carro e correr ate a casa um cachorro estava na minha frente, com as tripas para fora.
-Nossa...
-Vamos Be...
-Pensei que veria isso só em filmes de terror.
-Mas advinha...você vai ver muita coisa ainda que achou que veria só nos filmes de terror.
-Foi o que pensei... – diz Be.
-Ótimo.
Passamos por cima do cachorro estripado e nos aproximamos da casa, havia 2 sentados bem na frente da porta mas havia um buraco no lado da casa por onde nós passaríamos. Quando fomos entrar Be sem querer pisa em uma madeira que faz o maior barulho e alerta os dois que estavam ali na frente.
-Corre Edward...
-Calma Be, nós damos conta desses.
-O que?
Espero o primeiro entrar e o acerto com o facão no pescoço que o derruba no primeiro golpe, o segundo Be da conta dele ficando com o lado oposto do machado de ponta, ficando no seu olho e logo depois na sua nuca.
-Pronto...vamos subir. – digo.
-Espera... você sabe por um acaso onde ele esta?
-Não... – Be sobe uma das sobrancelhas como se estivesse me achando com cara de burro.
-Alguma idéia?
-Você tinha ligado pra ele não é? E ele provavelmente estava com um telefone sem fio.
-Vamos apertar o botão do telefone e localizar, Be você é um gênio!
-Sempre fui.
-Não te gaba!
-Não to me gabando, só que...
-Xii escuta...ta ouvindo!
O barulho irritante do telefone começou a tocar no andar de cima, subimos antes que para-se. Abro uma porta escura e vejo Emerson tentando abrir se debatendo contra um armário de metal, coloco o facão de volta nas costas e tiro a pistola com a lanterna e vou ate ele.
-Emerson! – ele me olha com o olhar de morte que eles tinham- Desculpa cara...
Miro na sua cabeça e o mato, vou ate o armário e tento abrir.
-Nairo você ta ai?
-To aqui...eu to aqui.
Nairo sai do outro armário logo atrás da gente, com uma cara de medo.
-Cara o que você...como foi parar ai, pensei que estivesse ali.
-Eu deixei o telefone ali, para ele pensar que eu atava ali entendeu? Viu não sou tão burro!
-É ele penso bem Edward...-Diz Be colocando o machado no ombro.
-E quem é ele Edward?
-Nairo esse aqui é meu amigo Be, eu consegui encontrar ele ainda vivo na casa dele.
-E ai...beleza – os dois se cumprimentam.
-E ai pra onde vamos? – pergunta Nairo.
-Vamos voltar para a casa da Cha!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Assinar:
Comentários (Atom)
