terça-feira, 22 de setembro de 2009

11º Coragem

Olhando para trás os canos caindo um após o outro se aproximando mais e mais, será que é o fim? Para onde correr?

-Edward por aqui... – Nairo me segura do braço me puxando para um lado.

Pulando de cima do ultimo cano, caímos em cima de caixas de sabão em pó que amorteceu o impacto do pulo. Nos alevantamos depressa e corremos os dois para a direita da prateleira, avistamos mais a frente uma porta de metal que levava ate o deposito do mercado.

Entrando rapidamente trancamos com madeiras e um freezer que havia no lado para os funcionários utilizarem. Nos encostamos no freezer sentando no chão e respirando fundo.

-Da próxima vez...Avisa o que você vai fazer...por pouco não viramos ração de canibais. – digo respirando fundo.
-Nós estamos vivos não estamos? Então é isso que conta...Para de reclamar, foi a única saída que eu encontrei... – Termina nairo respirando fundo passando braço na testa secando o suor.
-Vamos temos que continuar...Temos que achar meus amigos – falo para Nairo alevantando-me do chão limpando a calça.
-Temos?
-Sim temos...Eu pelo menos vou, se você quiser seguir em frente sozinho...Divirta-se.
-Não...Eu te ajudo, não tenho nada melhor para fazer mesmo – dando uma risada sem graça.
-Aqui dentro tem água...Beba um pouco.

Abro o freezer e pego duas garrafas de água para bebermos, coloco uma na mochila e fecho novamente o freezer. A porta balançava para frente e para trás com as batidas deles nela.

-Acha que isso vai segura-los? – pergunta nairo.
-Deve...pelo menos ate conseguirmos sair daqui – falo olhando para os lados, tentando achar uma saída.

Começamos a procurar uma saída do deposito, não havia porta nem nada, nem passagem pelo tubo...Nada.

-Edward vem aqui...
-O que foi?
-Olha será que isso é alguma saída?

Era uma passagem que havia na parede com grades pequenas, era uma passagem de lixo, o lixo era transportado para baixo. Teríamos que deslizar sobre o tubo de metal enferrujado e tenta achar a saída.

-É pode ser mas...
-Mas o que?
-Não podemos garantir que ira nos levar ate uma saída Nairo.

A porta estava abrindo-se com tantas batidas, as madeiras todas estavam rachadas e o freezer estava sendo empurrado com as batidas.

-Bom não vamos ter tempo de pensar nisso cara...Tem uma idéia melhor?
-Não mas...
-Então vamos...
-Mas olha esta parafusada não tem como abrir...

Nairo começa a olhar para todos os lados para ver se encontra alguma coisa que sirva como chave de fenda. Coloco a mão no meu bolso e não encontro nenhuma moeda nada, olho para o pescoço dele e vejo uma corrente com uma pequena cruz de metal.

-Isso deve servir...- arranco a pequena corrente de seu pescoço.
-Ei ta maluco cara? Foi a minha mãe que me deu isso, me devolva!
-Cala boca...Então a sua mãe vai salvar agente – Falo enquanto começo a desparafusar o primeiro parafuso.
-Cara eles estão entrando mais rápido...
-Espera falta o ultimo...Pronto consegui vamos!



Retiramos a grade e pulamos para dentro do tubo, eles estavam quase entrando no deposito, deslizando sobre o tubo de lixo um pequeno arame do tubo que estava entortado corta meu braço profundamente.

-ÁÁÁ...DROGA!
-O que foi?

Chegando ao final caímos em uma enorme lata de lixo quadrada, quando caímos em cima dos sacos de lixo subiu uma poeira que não deu para respira direito.

-Droga não vejo nada nessa poeira... – Nairo reclama da poeira em nossa volta.
-Droga cara...Machuquei meu braço...
-Deixa-me ver...Nairo pega um cartão de papelão e começa a fazer vento para tirar a enorme nuvem de poeira.
-Melhoro...
-Nossa cara...Como você se machuco?
-Na hora que estávamos descendo havia um pequeno pedaço de ferro saltado no tubo, ele me corto.
-Me da essa faixa que esta no seu pulso...
-Não é a bandana da Charlene, eu ate esqueci de devolve-la.
-Bom mas parece que ela não precisa dela agora...Não é?
-É ta bom...




Nairo começo a enrrolar a bandana de charlene em meu braço para parar o sangramento. Não posso esquecer de Emily, queria saber de como ela esta, espero que esteja bem mas elas esta em boas mãos isso eu tenho certeza.

-Pronto, espero que pare de sangrar pelo menos, também vai ajudar a não infeccionar – dizendo calmo e tranqüilo.
-Valeu cara! Bom vamos seguir em frente, temos que encontrar meus amigos.
-É vamos...

Continuamos andando estávamos dentro do deposito de lixo do mercado, não havia ninguém a vista estava ate muito quieto. Nairo continuava contando sobre sua vida de como conseguiu chegar ate aqui com vida, conto-lhe tudo sobre o que aconteceu na escola e como escapamos.

Ele me conta que ele não sabia o que fazer quando viu todo aquele caos, ele tento ir para casa de seus amigos mas todos já estavam mortos, menos um que continuou com ele ate a hora dele se transformar em um deles e tentar mata-lo.

-Pois é cara, eu fui na casa da maioria dos meus amigos, apenas um conseguiu ficar vivo comigo ate uma hora em que ele se transformo em um deles.
-E ai? O que você fez?
-Eu tive que matar ele né...
-Nossa...Cara olha ele tava com algum machucado bem feio, no braço, na perna, pescoço?
-Eu acho que...Sim ele tinha um machucado bem feio na mão.
-Olha o motivo pelo qual ele se transformo em um deles, foi por que ele tinha sido infectado...
-Como assim?
-Se você for mordido por eles depois de algumas horas voce vira um deles!
-Mas como isso é possível?
-Eu não sei...Deve ser algum tipo de vírus ou algo assim.
-Mas da onde veio esse vírus que ninguém viu?
-Eu não sei...Mas não podemos deixar que eles nos mordam entendeu?
-Sim claro...


O ambiente estava escuro e úmido quase não dava para enxergar, ouvimos barulhos de batidas de portas logo a direita, pego um pedaço de madeira que havia no chão que era uma caixa de lixo de madeira destruída, Nairo também pega um pedaço de madeira.

Começamos a caminhar lentamente ate a porta que estava batendo e lentamente Nairo foi girando a maçaneta para abri-la.

-Vou contar ate 3! – diz nairo.
-Aham!
-1...2...3!



Abrindo a porta rapidamente vou com o pedaço de madeira para frente mas paro na hora de acertar, derrubo a madeira no chão e vejo Emily sentada com a cabeça baixa com os cabelos no rosto.

-Emily? Emily sou eu Edward...

Ela levanta a cabeça com os cabelos no rosto com as mãos sujas de sangue.

-...Minha expressão de felicidade logo se transformo numa expressão de tristeza e agonia.
-Edward...
-Emily?
-Edward CUIDADO...

Emily corre em minha direção gritando com os olhos amarelos e com a boca saindo sangue e saliva. Caio sentado no chão vendo a menina em que eu salvei e protegi durante todo dia correndo na minha direção para me matar...uma coisa que veio na minha mente era``aquela não é mais a Emily`` .

Nairo bate no estomago de Emily que faz ela cair para o lado se levantando rapidamente e indo na direção dele. Emily se joga e fica em cima de Nairo tentando morde-lo.

-Edward me ajuda...Por favor! Essa não é mais ela...não deixa ela me matar cara!

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