Marcelo vem rapidamente por trás e fica com uma faca nas minhas costas.
-Bom...só uma coisa vou te pedir,mande um Oi para a Emily quando você chegar lá em cima. – diz Marcelo
-Não faça isso cha... por favor!
-Lamento maninho, mas tem que ser assim...
Marcelo atravessa minha medula...
-Edward...Edward...ACORDA!
-AAAH... O que?
-Calma você só estava sonhando Edward –diz cha do meu lado.
-Cha? É você mesmo...
-Sou...
Abraço fortemente cha, sentindo aquele alivio sabendo que foi apenas um sonho e que nada daquilo havia acontecido. Olho por trás de Cha e vejo patrícia sentada no sofá conversando com Nairo e Marcelo, só não tava vendo Ino ali por perto.
-Como é bom em ver você de novo Cha...ainda bem que vocês conseguiram chegar aqui a salvos.
-É bom ver você de novo, fiquei muito preocupada com você...
-É eu sei!
-Nós demos muita sorte em chegar aqui, eu cheguei a pensar que não nos veríamos de novo – diz ela olhando em meus olhos.
-Eu também achei...mas o que importa é que estamos todos juntos!
-E o seu irmão Edward? Você conseguiu encontra ele? – diz Marcelo vindo a minha direção.
Eu levanto e fico sentado olhando para o chão e arrumando a franja.
-Não...ele não estava lá!
-Sinto muito – diz ele.
-Mas ele pode estar vivo cara...se ele não esta lá ele pode ainda estar por ai não acha? – diz Nairo logo a minha frente.
-É eu sei mas... não faz diferença por que ele pode ter saído dela vivo ou transformado.
-Isso é verdade... – diz Patrícia.
Caminho ate a janela da sala e olho para baixo, havia muitos deles ainda lá nos esperando. Daqui eles pareciam pessoas normais pois não estavam correndo, matando e gritando, estavam andando como pessoas normais.
-Onde esta Inocêncio e Brenda? – pergunto.
-Eles estão ali no quarto, a namorada dele não parece bem e esta na cama. – diz Cha.
-Eu vou ate ali ver como eles estão!
Vou ate o quarto que era da Mãe da Cha e vejo Brenda deitada na cama com Inocêncio ao seu lado segurando sua Mão. Bato na porta e entro silenciosamente, puxo uma cadeira e sento ao lado de Ino.
-Tudo bem Edward? – pergunta ele sem nem se quer me olhar.
-To bem Ino brigado! E ela como ela ta?
-Ela não esta nada bem cara...não sei mais o que fazer – Vejo uma lagrima escorrendo do rosto dele.
-Olha eu...não queria dizer isso Ino mas...eu acho que ate mesmo você sabe por que ela deve estar assim – falo olhando diretamente para ele, sem ele me olhar.
-O que você quer dizer?
-Ino...
-Você esta dizendo que...ela esta Infectada por esse Vírus? – nessa hora ele vira o rosto e me olha com um olhar de dar medo.
Seus olhos estavam vermelhos e com olheiras enormes em volta deles, ele estava com uma aparecida de muito doente.
-Ino...você esta se sentindo bem?
-Eu estou bem...por que não estaria?
-Por que não parece só isso...
-Pois eu estou...ou vai dizer que eu estou infectado também? Á fala senhor sabe tudo... – Ino começa a libera um pouco da sua Raiva que eu nunca havia visto, que faz eu levanta da cadeira.
-Vou deixar você fica sozinho...e vê se relaxa por que pode prejudicar a Brenda.
Saio do Quarto e volto ate a sala onde estavam todos, sento ao lado da cha e todos me olham com uma expressão de preocupados e sem saber o que fazer. Eu já estava sem idéias para pensar, sem o que dizer, Será que tudo nunca voltará ao normal? E vamos ter que conviver com essas aberrações ate morrermos?
-E então...qual é o Plano? – pergunta Nairo.
-Não tenho idéia... – diz Charlene.
-Temos que primeiro conseguir sair desse prédio, caso contrario não vamos a lugar algum! – diz Patrícia.
-Edward? Alguma idéia? – pergunta Marcelo olhando para mim.
-Acho que o único que posso pensar no momento...é tentar ficar vivo, não vejo outra coisa melhor.
-Temos que tentar sair da cidade... -diz Cha.
-Sair da cidade? Ta falando serio? - pergunta Nairo olhando para ela.
-É cha é uma boa idéia mas...como? são muitos deles La fora e não sabemos ao certo se a estrada para sair daqui esta bloqueada por carros, pode estar cheia deles também. – eu falo nas possibilidades para eles, mas também precisamos ser as vezes Otimista.
-Tem razão – diz ela.
-Mas não temos outra escolha, não podemos ficar aqui o resto da vida né gente! – diz Nairo.
-Isso é verdade – diz patrícia concordado com Nairo.
Por um momento eu paro e penso, será que fora daqui ainda a vida humana? Será que eles estão só aqui na nossa cidade? E que pode haver pessoas trabalhando em outras cidades, vivendo tranquilamente sem medo algum?
O que mais me impressiona é que ninguém ainda fez algo para conter esse vírus.Alias como será que ele veio para nossa cidade? Será que o governo tem algo a ver com isso?
-Edward? – cha me chama atenção.
-O que?
-Nos achamos melhor fazer uma tentativa em sair da cidade. – diz Patrícia.
-Bom quem sou eu para descordar... mas eu preciso fazer uma coisa antes.
-E o que é? – pergunta Cha.
-Preciso ir para casa e pegar algumas coisas...
-Eu sabia que você ainda pensava em fazer isso! – diz cha brava.
-Eu preciso Cha...meu irmão pode ter deixado algum recado para eu encontrar lá.
-Ele pode estar certo cha! – diz Marcelo.
No momento que um silencio fica entre nós um grito vindo do quarto onde estava Inocêncio e Brenda. Levanto e tiro a pistola que tinha na cintura e vou ate o corredor, muitos barulhos vinham dali e acho que o pior já havia acontecido.
-Fiquem ai...Marcelo vem comigo!
Marcelo e eu fomos caminhando ate o Quarto, abrimos lentamente a porta e nos deparamos com um Brenda batendo contra um armário. O abajur quebrado, manchas de sangue na parede, o espelho em pedaços no chão e a janela quebrada.
Caminho lentamente apontando com a pistola para Brenda, quando Marcelo Liga a Luz do quarto ela se vira rapidamente me olhando e gruindo para mim. Com um tiro eu acabo com ela, chamo Marcelo para revista o Guarda Roupa que ela estava se batendo.
-Marcelo... – vou para o outro lado da cama com a arma apontada para a porta.
Marcelo abre rapidamente mas ele não estava ali, quando abaixo o braço com a arma Inocêncio surge por trás pela porta do Banheiro me atacando que faz ele cair em cima de mim.
Como eu suspeitei Ino também estava infectado, mas como ele foi contaminado? A arma cai da minha Mão e vai parar em baixo da cama.
Marcelo da um chute no rosto de Ino que o faz cair para o lado, eu levanto e Marcelo vai na direção dele sem pensar duas vezes e acaba torcendo seu pescoço.Olho Marcelo respirando fundo olhando para Ino, eu nunca pensei que ele fosse fazer uma coisa dessas, pego minha arma de baixo da cama e olho para ele.
-Como você fez aquilo?
-Fiz o que?
-O que acabou de fazer!
-Eu só matei mais um desses...caras! Poderia pelo menos me agradecer por salva a sua vida?
-O...Obrigado!
Marcelo sai do quarto e vai ate o Banheiro lavar as mãos, eu fico procurando algum sinal de mordida ou arranhão no corpo de Ino mas não encontrei nada. Como ele poderia ter pegado o Vírus? Vou ate o corpo de Brenda e vejo uma grande manda roxa no seu olho se estendendo sobre seu rosto.
Parecia que a infecção veio dali, eu lembro que no inicio quando a conheci, ela estava com o olho direito muito vermelho muito mesmo. Talvez ela pode ter sido infectada por alguma gosta de sangue que tenha pingado no rosto dela.
Por isso demoro para aparecer os sintomas do vírus, como também a transformação. E Ino deve ter beijado ela alguma hora e ela tenha transmitido para ele através da saliva. É claro só pode ter sido isso não á outra explicação, fecho os olhos de Ino e Brenda e volto ate a sala onde estavam todos.
-Tudo bem? – pergunta Patrícia.
-Não...
-Você não teve escolha não é? – pergunta cha.
-Não...
-Alguém dívida dizer alguma coisa – diz Nairo.
Caminho ate o meio da sala de punho fechado, pronto para bater em qualquer um que se aproxima-se de mim.
-Não á nada a dizer...antes eu pensava que poderia proteger quem eu quisesse apenas com a minha coragem...No fundo eu sempre pensava eu antes que eles, mas não creio mais nisso...Por que agora eu entendo que existem coisas piores do que a morte e uma delas é ficar parado esperando a Morte!
-Eu não quero morrer aqui – diz Cha.
-Bom eu vou arrisca a chegar ate minha casa e voltar ate aqui...
-Mas dessa vez você não vai sozinho – diz cha olhando seria para mim.
-Claro que ele não vai, eu vou com você Edward! - diz Nairo.
-Ta pode ser Nairo...vamos nos preparar, Marcelo onde esta meu Facão?
-Eu o deixei atrás da porta da cozinha.
-Valeu...
Nairo e eu fomos para cozinha comer alguma coisa, para repor as energias antes de partir. Lavo meu rosto e minhas mãos na pia, eu não agüentava mais aquela roupa precisava trocar, peguei meu facão atrás da porta e tirei o sangue que estava nele. Ele fico novinho em folha mas logo ele voltara a ter essa cor avermelhada. Nairo pega um Bastão de madeira e deixa-o do seu lado, olho pela janela e o dia estava amanhecendo.
Ainda não credito que tudo o que passamos foi em apenas um dia, e hoje era dia 29 em pensar que daqui a 2 dias é meu aniversario.
-E ai Edward...tudo pronto? – pergunta Nairo.
-Ã? A sim...tudo sim!
-Então vamos...
Fomos ate a sala onde todos estavam, Marcelo estava deitado no sofá e Patrícia e Cha estavam conversando no outro sofá. Nos aproximamos deles e cha vira o rosto e me olha com um olhar de tristeza, pois era mais uma vez que iríamos nos separar.
-Cha eu...
-Me da um abraço bem forte! – nos abraçamos muito forte, por que poderia ser a ultima vez que nos veríamos.
-Eu queria te pedir desculpas por tudo, não quis ser grosso com você aquela hora, me desculpa!
-Claro...não esquenta com isso!
Olho em volta para todos e baixo a cabeça, e sigo com Nairo ate a porta para sairmos.
-Eu prometo que nós vamos voltar a salvo...depois vamos sair dessa cidade. Marcelo cuida delas para mim.
-Pode deixa cara...boa sorte!
-Vamos Nairo...
Saímos então do apartamento de Cha e continuamos pelo corredor bagunçado e completamente manchado de sangue, com muito silencio e cuidado nos aproximamos da escada pois o elevador estava desativado. Olho alguns degraus a baixo para ver se estava limpo, descendo então chegamos ao segundo andar, tudo estava muito tranqüilo ate a hora em que chegamos ate a escada para descermos ate o primeiro andar, nós nos depararmos com um bando deles bloqueando a escada.
-Nairo não vamos conseguir passar por eles...se eles nos verem vamos ter sérios problemas! – falo baixinho.
-É to sabendo...vamos tentar descer pela escada do lado do prédio.
-Mas esta do outro lado do prédio, teríamos que ir pelo lado de fora daquela sacada... – aponto com o dedo para a janela do corredor.
-Vamos ali ver!
Havia uma passarela muito pequena que daria para nós ir caminhando lentamente ate a outra janela que estava com a escada. O jeito era ir por ela mesmo e tentar descer, então eu subo primeiro para ver se daria para passarmos.
-Vem Nairo...acho que vai dar certo, só não olha para baixo.
-Ta certo to indo!
Começamos a caminhar sobre a passarela para chegar ao outro lado, já chegando na escada eu consigo me segurar na barra de ferro que havia ali. Olho para trás e Nairo estava vindo muito lentamente, chegando já ate a escada eu passei por uma janela fechada sem nenhum problema.
Mas na hora de Nairo não foi a mesma coisa, um deles avisto Nairo de dentro do prédio e rapidamente pulo nele quebrando a janela, por sorte ele seguro firme na parede mas não caiu mas o cara que pulou já não posso dizer o mesmo.
-Nossa essa foi por pouco! – diz Nairo com os olhos quase saltando para fora.
-Vamos você esta quase chegando...
Quando Nairo foi segurar na barra de metal ele resvalou no caco de vidro que havia ali e quase caiu se eu não tivesse Le dado a Mão. Ele ficou pendurado pelo meu braço quase caindo, olho para o lado e vejo pela janela que o cara quebrou mais deles vindo.
-Rápido Nairo...se apóia com o pé ai no ferro e sobe!
-Ta...
Consigo fazer Nairo subir e então começamos a descer as escadas, olhei rapidamente para cima e vejo por coincidência Cha e Patrícia lá no alto nos observando.
Dou um leve sorriso e continuo descendo, chegando ao fim das escadas pulamos para o chão e nos escondemos atrás de uma lixeira enorme.
-E ai tudo bem? – pergunto para Nairo.
-Claro...tudo sim! Obrigado cara, se não fosse você ali eu estava ali junto com aquele cara feito panqueca!
-Não por isso! Bom vamos continuar, temos que atravessar a rua e cruzar por mais duas quadras!
-Nós vamos ter que passar perto do Zoológico da cidade e passar pela construção não é?
-É vamos sim...mas para isso temos que conseguir chegar ate o outro lado...Vamos ter que correr muito e deixar eles para trás entendeu?
-É vamos tentar né...
-Então no 3...1,2...3 vamos!
Corremos atravessando a rua para o próximo beco a nossa frente, os infectados que se aproximavam pelo lado eu batia com o facão para afastá-los, Nairo fazia o mesmo com o bastão!
-Tem uma cerca logo em frente, vamos ter que pular o mais rápido possível Nairo, eu vou na frente para te dar impulso com o joelho para você poder subir!
-Mas e você?
-Eu consigo subir...vamos lá!
Eu vou na frente e me posiciono de frente para Nairo, eu vendo aqueles canibais logo atrás dele querendo nossas cabeças. Nairo sobre em um pulo apoiando-se no meu joelho, eu subo apoiando com o pé na parede e o outro em uma caixa, logo consigo subir.
Atravessando estávamos a frente do Zoológico da nossa cidade, corremos ate ele para cortar caminho ate minha casa. Na entrada estava tudo vazio apenas uma bagunça daquelas, comida no chão, o carrinho de pipoca quebrado no chão.
-Nunca pensei que veria esse lugar tão vazio. – digo.
-Edward espera!
-O que foi?
Paramos por alguns minutos e vemos uma criança sentada no escorregador na pracinha.
-Nairo é um deles, vamos embora!
-Não espera...pode ser que esteja vivo!
-Não Nairo espera! - Tento impedir Nairo de se aproximar da criança mas não consigo.
Nairo corre ate a criança e fica a sua frente, eu fico um pouco mais perto para o caso dela atacar ele.
-Oi...quem é você?
A criança olha para ele, era uma menina de aparentemente 10 anos de cabelos ruivos, e sardas no rosto, e vestindo um macacão jeans de all star. A menina olha para ele com o cabelo no rosto, vejo uma mancha de sangue enorme em seu pescoço, corro para avisar Nairo.
-Nairo ela é um deles sai daí!
A menina desce correndo o escorregador atrás de Nairo, mas ele a mata com uma pancada forte na cabeça que a derruba em um instante. Vejo Nairo ajoelhando-se perto do corpo da menina quase chorando, caminho ate ele e tento entender seu lado.
-Quem era ela?
-Minha prima... – Nairo fala com a cabeça baixa abraçando a menina.
Fico sem o que dizer para ele, sem palavras.
-Eu juro que eu ainda vou descobrir por que isso esta acontecendo, por que essa...essa doença se espalhou em nossa cidade! Por que aqui? Por que...DROGA!
-Calma cara...olha eu, prometo que nós vamos encontra todas nossas respostas, mas isso pode demora algum tempo.
-Você acha?
-Sim...agora a única coisa que podemos fazer é tentar continuar vivos, não podemos nos render agora...vamos embora!
Levanto Nairo pelo braço e voltamos a andar sobre o Zoológico, estávamos nos aproximando das jaulas dos animais, a maioria estava vazia, outras os animais haviam morrido. Papagaios mortos, Macacos estripados no chão, uma coisa que me chamou atenção.
-Nairo espera...
-O que foi?
-Olha...
A jaula dos Leões estava aberta e não tinha nenhum rastro de sangue nela, ela foi derrubada e o que saiu dali ainda estava vivo e eu não queria ver o que era.
-Minha mãe do céu! – diz Nairo olhando para lado.
-O que foi cara?
-Faça o que quiser mas não entre em Pânico Edward!
-Mas por quê?
-Olha!
Um Leão estava devorando um cavalo que estava caído logo ali em frente, não sabíamos se o Leão estava infectado ou não, pois ele estava coberto de sangue. Mas não vai fazer diferença se ele estiver ou não, infectado ou não ainda somos as pressas dele...isto é, se ele notar que estamos ali!
-Vamos sair daqui...Agora! – diz Nairo tremendo ao meu lado.
-Calma se fizermos barulho ele vai nos atacar e nos fará em pedaços...
-E o que você quer fazer? Lutar contra ele com esse facão?
-Prefiro ficar com meu Braço inteiro...eu devo ter 5 balas na arma e não vai fazer nada nele se ele estiver infectado.
-Bom então o que agente faz?
Avisto uma casinha na arvore a uns 30 passos da gente, se corrermos talvez conseguiríamos subir e ficaríamos salvos.
-Nairo vamos caminhando lentamente ate essa casinha da arvore!
-Ta bom vamos...
Caminhando lentamente nos aproximamos da árvore, vendo aquela fera carnívora estripando o pobre cavalo ali em frente, começamos a subir eu fui pela escada e Nairo pela corda para não perder tempo.
Chegando ao ultimo degrau a madeira quebra fazendo eu cair novamente ao chão fazendo o maior barulho e atraindo a atenção da fera.
-Droga!
-Edward sai daí!
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