-Depois que conseguimos sair do colégio pelo esgoto, fomos para um super mercado e lá nos separamos mais uma vez.
-E você estava muito preocupado com a Emily?
-Muito, mas eu achava que ela estava segura junto com a Cha, mas ainda não sei o que houve direito... naquele momento eu só sentia Raiva, Ódio, e Medo.
-Eu te entendo, mas quando você encontrar ela de novo vocês tem que conversar e deixar ela te explica tudo.
-É eu sei, eu fui muito duro com ela...Pobre da cha, deve estar preocupada comigo essa hora!
-Vocês são muito amigos Não é?
-Somos...
Brenda levanta junto com Inocêncio e diz que esta melhor, então é hora de tentarmos sair.
-Bom gente, a melhor coisa que temos que fazer é irmos para a casa de uma amiga minha...
-Quem? - pergunta ino.
-O Nome dela é Charlene.
-E onde fica? É longe? - pergunta Patrícia.
-Acho que é umas 2 quadras daqui...
-E como vamos chegar ate lá? – pergunta ino.
-Bom não temos carro, e ir de moto é morrer na certa, vamos ter que ir a pé mesmo.
-Você ta maluco? Nós quase morremos tentando sair daquele hotel... – diz ino.
Por um momento eu levanto e começo a caminhar olhando para baixo pensando, em como poderíamos sair dali. Mas era muito arriscado sair dali e encara o perigo lá fora, mas também não podíamos ficar o resto da vida presos ali dentro esperando a morte chega.
-Á única saída é pelos fundos, é um terreno abandonado e não deve ter nenhum deles por ali. – digo a eles.
-Mas e você sabe ao certo onde fica a casa dela? – pergunta patrícia.
-Sim...sei sim.
-Então vamos...não temos o que fazer aqui! Disse ela.
-Eu ainda acho uma má idéia...devíamos ficar aqui e esperar por ajuda- disse ino.
-Ajuda? Inocêncio bota uma coisa na sua cabeça, todo mundo morreu, a sua mãe morreu, seu pai morreu, seus irmãos morreram, os policiais morreram, nós devemos ser um dos poucos vivos que resta nessa maldita cidade...Então se quiser esperar por ajuda fique a vontade nós vamos sair daqui. Digo para ele.
Todos concordam e sair da loja no final, Brenda não parecia muito bem ela estava pálida e com a pele um pouco roxa, mas pelo o que o Inocêncio disse ela estava apenas enjoada. Abro a porta lentamente e olho em volta para ver se tinha alguém mas ninguém a vista, então seguimos em frente pelo costado do muro sem fazer muito barulho.
-Vamos ter que passar para o outro lado, pulando o muro. – digo em voz baixa.
-Mas e como nós vamos pular esse enorme muro? Pergunta patrícia.
-Eu não sou bom escalador... – diz ino.
-Vocês ficam aqui que eu vou ate ali e boto algumas daqueles caixotes de madeira para vocês subirem, mas fiquem atentos pois se algum deles me ver vai vir com tudo, e vocês precisam ficar espertos na hora de subir e pular.
-Ta então seja rápido... – diz patrícia.
-Ta certo...bom eu vou indo, venham um de cada vez.
Corro abaixado ate os caixotes e pego um por um e coloco um em cima do outro, colocando o ultimo subo e vejo se esta firme para eles subirem. Faço sinal para eles virem um de cada vez, Patrícia é a primeira a subir, ela sobe com muita facilidade e se apóia no muro em seguida pula.
Vejo ino e Brenda discutindo de quem iria primeiro, Brenda diz para ele ir na frente que ela estava bem, mas não aparentava estar bem mas mesmo assim ino se convenceu e foi na frente.
Quando ino sobe no muro o ultimo caixote cai rolando fazendo muito barulho, eu olho para Brenda e nós ouvíamos os gritos deles se aproximando, pego de seu braço e a puxo com força em direção ao muro.
-Vamos me da seu pé Brenda, e segure-se firme no muro.
-Eu não vou conseguir Edward...
Olho para trás dela e vejo dois já pulando o outro muro, se não pulássemos morreríamos ali mesmo, não daria tempo de voltar ate a porta dos fundos da loja.
-Você consegue Brenda vamos...
-Amor eu sei que você consegue...eu te ajudo. – grita ino em cima do muro esticando sua mão para ela.
Ela impulsiona seu pé nas minhas mãos e pula rapidamente segurando a Mão de ino, olho em frente e vejo um deles já na minha frente correndo, abaixo-me e passo por baixo de suas pernas.
Vejo Brenda já em cima do muro a salva com ino, bom agora é ver como eu vou conseguir subir. O segundo já vinha vindo pelo lado quase me derrubando, desvio mas deixo cair meu facão. Tento pegar ele mas eles estavam em cima de mim, então eu corro em direção a parede e pego um pedaço de cano velho que tinha no chão enferrujado.
O primeiro que vinha eu bati com força na sua cabeça mas apenas o derrubo para o lado, e segundo eu desvio pelo chão batendo nas suas pernas. Vejo mais deles escalando o muro vindo em minha direção, pego meu facão no chão e corro ate o muro que em dois pulos eu consigo subir, me impulsionando em buracos que havia nele.
Eu consigo subir no muro e pular para o Lado de Patrícia e dos outros, do outro lado não vejo ninguém perto e não sei para onde correr, mas escuto a voz de Patrícia me chamando do outro lado do parque, começo a correr ate ela.
Vejo eles já subindo pelo muro logo atrás, eles caiam e tropeçavam um por cima do outro estavam quase me alcançando. Grito para Patrícia começar a correr para não esperar por mim.
- Corre, Corre, não se preocupa comigo...eu estou logo atrás de vocês!
Ela corre junto de Ino e Brenda, estou correndo no meio do parque e estava começando a chover, os trovoes estavam ficando mais fortes e mais deles estavam surgindo pelo lado juntando aos de mais atrás de nós.
-Tem que haver algum jeito de fazer eles pararem, mas são muitos não posso contra eles. – penso olhando para os lados.
Estou me aproximando deles e vejo que Brenda esta correndo mal, se eles seguirem atrás de nós vão nos alcançar.
-Nós vamos nos ver em breve...vou despistá-los para vocês correrem.
-E como você vai fazer isso? – Pergunta Inocêncio.
-Vão em frente a 1 Quadra daqui, e virem a direita em um prédio preto com cinza, apartamento 33 vão, vão!
-Mas Edward... – grita Patrícia.
Viro para trás e vejo eles se aproximando, faço um pequeno corte em meu braço derramando sangue pelo chão atraindo a atenção deles. Correndo para direita vejo um numero enorme deles se aproximando, mas pelo menos Ino e os outros estão a salvo.
Eu ouvia e sentia eles muito próximos de mim, suas mãos passavam de raspando pela minha camiseta tentando me puxar, mas não ia me entregar tão fácil. Vejo um carro logo em frente com a Porta do Passageiro de trás aberta, corro ate ela e entro.
Trancando a porta e indo para o banco do motorista eles cercavam todo o Veiculo, deixando-me sem saída. Tento fazer uma ligação direta que meu irmão ensinou-me a muito atrás.
-Vamos, Vamos... Pega porcaria!
Eles já haviam quebrado o vidro de trás do carro e quase entrando, se não fosse pelo numero enorme que havia já teriam entrado.
-VAMOS LIGA!
Finalmente o Carro pega, engato a Marcha-ré e bato contra outro carro mas logo boto a primeira e consigo sair fazendo muitos caírem do carro. Não consigo ver muito bem pois o vidro estava cheio de sangue, a rua estava bloqueada e estava muito difícil de dirigir.
Agora é achar o apartamento da Cha e ir para lá, virando na esquina vejo ino, Patrícia e Brenda entrando no apartamento. Dirigindo rapidamente tento parar mas o carro não parava, o freio não estava funcionando eu não sabia como parar.
Um deles estava no banco de trás que faz eu perde o controle e bater no poste, ele tentava me morder mas eu o afastava com a Mão. Olho em frente um bando deles correndo na direção do carro, será meu fim se eu continuar aqui.
Consigo alcançar meu facão que estava no banco do lado e o fico na sua garganta, sinto um cheiro forte de Gasolina e um fio do poste havia caído em cima do capo do carro. Jogo ele para o lado e saio desesperado para a frente do Prédio, vejo ino e patrícia subindo as escadas com Brenda.
Minutos depois o Carro explode me arremessando para dentro do prédio, fazendo eu me bater contra um pilar. Não consigo levantar, minha visão estava ficando embasada, só consigo ver uma pessoa vindo na minha direção.
Olho para ela mas não conseguia identificar quem era, não escutava direito...subindo as escadas eu caio inconsciente. Estou deitado em um sofá ouvindo alguém fala comigo, alguém esta segurando minha Mão.
Sinto uma lagrima pingando sobre ela, não tinha idéia de quem era mas eu conhecia o suspiro que logo em seguida eu ouvi. Era a cha segurando a minha Mão e sentada ao meu lado, era ela sem duvida.
-Cha? Cha é você? - Falo baixinho.
-Edward...você acordo graças a deus!
-Como eu cheguei ate aqui? E a Patrícia e os outros?
-Calma, Calma...eles estão bem! O Marcelo te trouxe ate aqui, nós ouvimos um barulho de um carro e ele desceu para ver se era você.
Abro os olhos lentamente e vejo o formato do Rosto de cha logo ao meu lado. Seguro sua Mão firme e digo para ela.
-Fico feliz que vocês estejam bem...fiquei preocupado...
-Eu também fiquei... eu achei que nunca mais veria você de novo – cha chora mais ainda ao me ver sorrindo.
-Não chora cha...nós conseguimos nos encontrar isso que importa.
Levanto do sofá e dou um abraço forte nela, ela chora mais ainda. Vejo Marcelo se Aproximando.
-Vem comer alguma coisa, você deve estar com fome. – diz Marcelo atrás de Charlene.
-Ta bom...- levanto e vou ate a cozinha com a cha.
Sento na cadeira e já estava pronto, torradas no prato e um copo de suco, estava tudo normal. Cha senta a minha frente e ficam me observando enquanto como e Marcelo fico encostado na pia da cozinha de braços cruzados me olhando.
-Que bom que vocês conseguiramchegar aqui – digo saboreando uma das torradas.
-É nós tivemos uma grande sorte mesmo...por pouco não conseguimos – diz Cha.
-E cadê o Nairo?
-Ele morreu... – diz Marcelo... Engulo seco e começo a tremer.
-O...O que?
-É ele morreu...ele queria sair daqui e procurar por você, nós não deixamos mas ele quis ir mesmo assim...então eu tive que matar ele. – diz Marcelo.
-É isso ai... – Concorda Cha.
-Como você pode ter feito isso Marcelo? Ele só estava...
-Preocupado? É nós entendemos ele, mas não podíamos ter feito nada- diz cha.
-E seus amigos também, aquele cabeludinho e as meninas com ele...nós matamos todos, e deixamos só você vivo. – diz Marcelo logo atrás de mim.
-Como puderam... ter feito isso? Então foi vocês que matou a Emily? Foi não é! – levanto da cadeira gritando.
-Aquela pirralha? Sim, foi muito divertido deixar ela ser infectada... – diz Cha.
-Primeiro deixamos um morde seu braço, depois a trancamos naquele quartinho para que você a encontra-se e mata-se você, por que você não teria coragem de matar ela. – diz Marcelo.
- Mas você foi mais forte e arranco a Cabeça dela...muito bem maninho, assassino de crianças!
-Não acredito nisso...
-E veja qual é a parte mais legal, agora nós vamos te matar e depois vamos sair da cidade e sendo os únicos sobreviventes dessa maldita cidade. – diz Marcelo
Marcelo vem rapidamente por trás e fica com uma faca nas minhas costas.
-Bom...só uma coisa vou te pedir,mande um Oi para a Emily quando você chegar lá em cima. – diz Marcelo
-Não faça isso cha... por favor!
-Lamento maninho, mas tem que ser assim...
Marcelo atravessa minha medula...
-Edward...Edward...ACORDA!
-AAAH... O que?
-Calma você só estava sonhando Edward –diz cha do meu lado.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário