-Estamos bem Edward, e você? – responde Cha
-Eu estou...
-E agora o que vamos fazer? – pergunta Cha.
-Vocês vão para sua casa Cha, nós nos encontramos lá.
-Não vamos encontrar um jeito de você passar... – Grita Nairo.
-Não, vão para casa da Cha, eu encontro vocês lá eu prometo.
-Ta bom, toma cuidado! – grita Cha.
Viro-me para trás e vejo-os se aproximando correndo em minha direção.
-Corram eles estão vindo! – grito.
Vejo a multidão de gente se aproximando, então corro ate o beco logo atrás de mim. Corro sem parar sem olhar para trás, vejo uma escada logo em frente que segue pelo lado do prédio, pulo em cima de um latão de lixo e com um impulso só me agarro na escada no mesmo instante puxo-a para cima para que eles não consigam subir.
-Puxa essa foi por pouco - respiro fundo e continuo subindo.
A loja do meu irmão era logo virando a esquina eu deveria apenas descer esse prédio, mas não garanto que será tão fácil.
Subo ate o terceiro andar, quebro o vidro com o facão e entro pela janela, estou dentro do banheiro de um dos quartos. Apoiando o pé em cima do vaso sanitário desço cuidadosamente sem fazer barulho, o chuveiro está ligado vou ate o Box e abro rapidamente a cortina, quase vomito ao ver aquilo.
Uma mulher com as tripas toda para fora, sem um braço e o coração pendurado por veias, um de seus olhos arrancados e sua cara completamente deformada.
-Meu deus... – coloco a mão na boca e sigo em frente.
Abrindo a porta lentamente vejo observo pela fresta da porta se não havia alguém por ali, mas não estava tudo vazio. Saindo então estou no corredor do pequeno quarto, vou ate a sala e vejo a porta aberta que saia do quarto, não havia ninguém na sala olho no corredor e não havia ninguém também.
Tranco a porta olho em volta, vejo tudo fora do lugar os sofás derrubados vasos de plantas quebrados manchas de sangue na parede, o vidro que ia ate a sacada do quarto todo quebrado.
A fome estava batendo novamente fui ate a cozinha lentamente pelo corredor, mas não havia ninguém lá. Então coloco a mochila em cima da mesa e pego o resto das frutas que eu havia pegado no super mercado, vou ate a geladeira e pego a jarra de suco de laranja que havia ali, no armário tinha pão e sacos de biscoitos recheados, lavo as mãos na pia tirando o sangue já seco, lavo o rosto tirando o suor e a sujeira. Vontade de desfrutar de uma hora de um banho quente em casa, vou ate a mesa e começo meu lanche.
-Nossa achei que nunca mais iria comer isso...
Era tão bom comer aquilo que meus olhos chegavam a brilhar de tanta felicidade, depois de fazer meu rápido lanche era hora de seguir, botei o resto dos biscoitos ainda fechados na mochila e uma garrafa de água mineral que havia dentro da cozinha.
Empunhando o facão e colocando a mochila atravessada, saindo da cozinha caminho pelo corredor vou ate a porta de saída do quarto, quando viro a chave escuto a porta do quarto abrindo rapidamente com um cara saindo rapidamente olhando para os lados com os cabelos nos olhos, ele corre na minha direção mas eu apenas coloco o facão na frente dele que o faz parar.
O facão fica no seu pescoço, ele me olha através dos cabelos com um olhar de preocupado e ao mesmo tempo assustado. Eu o olho da cabeça aos pés, mas ele não aparentava ser um deles, não tinha roupa rasgada nem manchada de sangue, e nenhum ferimento no corpo.
-Quem é você? – pergunto mas ele fica em silencio.
-Vou pergunta mais uma vez...quem é você?
-Por que está aqui na minha casa? – fala ele com uma voz roca e assustada.
-Digamos que apenas eu estou aqui de passagem, não se preocupe eu já estava indo embora, agora se você me impedir... você vai?
Abaixo o facão e vejo o tirando os cabelos dos olhos jogando a franja pro lado, ele tinha cabelos claros e vestia uma camiseta preta, calça jeans clara e tênis branco.
-Eu pensei que fosse um deles... – fala ele.
-É eu também pensei que você fosse mas você não aparenta – ele puxa um leve sorriso e volta a falar comigo.
-Meu nome é Inocêncio, mas pode me chama de ino.
-Prazer ino... bom eu tenho que ir, estou com pressa.
-Espera, onde você vai?
-Eu preciso encontra meu irmão, ele pode estar na loja aqui na frente deste prédio, é onde ele trabalha.
-Eu...posso ir com você?
-É melhor não, não quero me responsabilizar por mais ninguém.
Abro a porta do quarto mas por um instante meu bom senso bateu em mim, e me fez pensar o que ele faria ali sozinho?
-Eu estou procurando pela minha namorada, nós nos separamos a caminho daqui, me ajude a encontra – lá ... por favor!
Por um instante me coloco no lugar dele e imagino como deve ser horrível perdermos alguém que amamos e não saber ao menos se esta viva ou não. Por incrível que pareça estamos quase na mesma situação.
-Se você vem fica perto de mim – falo sem nem se quer olhar para ele.
-Eu nao sei seu nome – fala ele logo atrás de mim.
-Por que eu não disse... – Não estou no momento certo para fazer amizade.
-Ta bom...
-Vamos embora.
Saindo do quarto fomos rapidamente pelo corredor fazendo o mínimo de barulho, caminhamos ate o elevador ele estava ativado ainda, antes de chamá-lo vinha subindo alguém pelas escadas.
-Para trás... – chamo ino para ficar atrás de mim.
-O que foi?
-Escuta... são eles!
Vinha subindo dois pelas escadas ino se assusta e volta para o quarto que era logo atrás da gente, me deixando sozinho com eles. O primeiro que vinha correndo eu desvio e bato com o facão no pescoço dele atrás, logo o outro que vinha pelo lado eu empurrei com um chute que o fez se debater contra a parede mas logo volto, retiro o facão da cabeça dele e no mesmo tempo giro com força e arranco a cabeça do outro.
Respiro fundo e descanso, vejo ino me observando da porta do quarto com os olhos arregalados.
-Ta tudo bem...vamos!
-Cuidado... – grita ele.
Surge outro por trás saindo de um quarto me segurando pelas costas que faz eu derrubar o facão, dou uma cotovelada na sua barriga e torço sua cabeça, ino se aproxima lentamente levanta o facão e me entrega.
-O que foi? – pergunto.
-Nada...acho que isso é seu.
-Ata...valeu! Bom agora podemos ir.
-Claro.
Caminhamos ate o elevador e acionamos o botão para chamá-lo, ele estava no sexto andar eu escutava barulho, muitos barulhos não sabia da onde vinha, batidas e mais batidas, parecia haver gritos também por um instante me viro de costas para o elevador e tento prestar mais atenção no barulho.
-Você esta ouvindo isso? – pergunto para ele.
-Esses gritos e batidas? Estou sim.
-Não consigo ver da onde estão vindo.
Estava ficando cada vez mais forte e claro, olho no painel do elevador e já estava no nosso andar.
-Corre cara... – puxo ino pelo braço e corremos rapidamente para a escada.
O barulho vinha de dentro do elevador, estava cheio deles que fez nós descer pela escada. Descendo rapidamente com eles logo atrás da gente, não podíamos pensar em mais nada a não ser correr, eles estavam cada vez mais pertos então não chegaríamos ate o térreo então dobramos para a direta no primeiro andar, correndo ate as ultimas portas do corredor e nenhuma aberta todas fechadas.
-Fim da linha cara... – Fala ino quando chegamos ao fim do corredor em uma porta do ultimo quarto.
-Para trás... – com um chute arrombo a porta e entramos.
Ino fica na frente da porta bloqueando, enquanto isso acabo com um deles que havia ali na sala que estava estripando uma menina ali deitada no sofá.
-Rápido cara...me ajuda aqui! - grita ino.
Bato com força rapidamente na cabeça dele que o faz cair, empurro um armário para porta, com o impacto deles o armário foi e voltou com força. Nós dois ficamos bloqueando a porta ate eles pararem, mas eram muitos passar por aquela porta de novo seria algo impossível.
-Nós não vamos conseguir sair... estamos preços – diz ino logo do meu lado.
-Não tem que ter outra saída, sempre tem... agüenta ai!
Até a porta e coloco contra o armário isso vai segurar eles, vou ate a sacada do quarto e vejo a loja do meu irmão logo em frente, a vitrine estava destruída mas com o portão entre aberto.
-Olha está ali a loja do meu irmão!
-Nunca vamos descer ate lá.
-Nós vamos sim, demorei muito pra chega aqui agora que estou tão perto não vou desistir.
Vou ate a cozinha e abro a janela e vejo que estamos do outro lado do prédio, e tem a mesma escadaria que eu subi pelo outro lado.
-Aqui essa escada pode nos leva ate a frente, vamos descer.
-Mas...ta vamos!
Descendo pelas escadas uma explosão logo em cima de nós, uma janela explode logo 2 andar a cima, poderia ter sido algum gás que causou a explosão, cacos de vidros caíram em cima da gente mas as escadas nos protegeu da maioria.
-Fecha os olhos- diz ino.
-O que será que foi isso?
-Não sei mas vamos continuar.
Chegando no final da escadaria pulamos e caímos em cima de uns sacos de lixo. A ansiedade era tanta em chegar na loja do meu irmão que eu estava quase que chorando de alegria.
-Vamos estamos chegando...
-Espera...
-O que foi?- pergunto.
-E a minha namorada?
- Cara não sabemos se ela ainda esta...
-Mesmo assim, eu vou volta lá e procurá-la.
- Ahhgrr... espera!
Entramos novamente no Hotel, no térreo não havia nenhum deles. O que era bom para nós, faltava pouco tempo para eu ver se meu irmão ainda estava vivo ou não.
-Vamos por aqui – grita ino.
Corremos em direção a cozinha, entrando pela porta um cheiro super forte de gás estava lá, não dava para respira direito. Não havia também nenhum deles apenas a mesma situação, tudo bagunçado sangue para todos os lados.
-Cara ela não pode estar aqui! – falo para ele.
-Não ela me disse que era para nós irmos para a cozinha, por que seria seguro.
-Mas não podemos ficar aqui muito tempo, é muito perigoso explodir um desses gases.
-Eu sei, mas eu vou procurá-la...
Eu já não agüentava mais ficar ali inalando aquele cheiro horrível de gás, se continuássemos ali morreríamos. Mas ele não entendia, ele queria muito encontrar sua namorada, corro ate ele e tento convencê-lo de ir embora.
-Já chega Inocêncio é loucura ficar aqui, vamos embora!
-Vai você então!
-Seu idiota! – Bato com o cabo do facão e deixo-o inconsciente.
Carrego ele nas costas ate a frente do hotel, sem nenhum deles por perto coloco ele no chão e descanso um pouco. Ele era muito pesado, atrás de nós estava vindo pela escada do hotel alguns deles.
-Mas que...Droga!
Coloco ele novamente nas costas e corro o mais rápido que posso para dentro da loja do meu irmão, não consigo correr muito mas consigo chegar a tempo. Não perco tempo e solto ele no chão e tenta fechar o portão que estava entre aberto, me agarro nele e o puxo para baixo fechando uma das portas.
Havia mais a outra do outro lado, um havia entrado, não perdi tempo e matei com um tiro na cabeça, com a arma que eu havia pego do guarda do estacionamento do Mercado, fechando o ultimo portão ficamos seguros lá dentro.
-Deus... – respiro fundo rapidamente.
Ouso um barulho de aros de moto caindo no chão, corro ate o fundo da loja e vejo Bruno um dos amigos do meu irmão se debatendo contra um armário de metal. Vou indo com a pistola empunhada nas mãos, mirando diretamente nele.
-Bruno! – ele me olha com os olhos amarelos e a boca cheia de sangue!
-Foi mal cara...
Acertei bem na sua testa que o derrubo na hora, vou ate o armário e rapidamente lembro-me de que fiz isso da ultima vez, foi quando eu salvei a Emily pela primeira vez.
-Tem alguém ai? – grito mas ninguém responde.
Então vou até ele e o abro lentamente, encontro uma garota aparentemente uns 17 anos, de cabelo ondulado com a franja lisa, usando All star preto, com duas munheque iras em ambos os pulsos.
-O...Obrigado!
-Quem é você?
-Meu nome é Patrícia!
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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