Jéferson segura minhas pernas pés para que eu não seja puxado junto, eu sentia minhas forças se esgotando, mas eu não podia a deixar morrer ali. Carol não parava de gritar e eu estava perdendo minhas forças, Jeferson não podia me soltar se não eu iria junto com ela, e Emily estava passando mal e Marcelo estava ali com ela.
-Jeferson... – Paro para respirar – Eu to perdendo ela – Respiro fundo agora com os lábios apertados.
-Edward faz alguma coisa, puxa ela para cima – Jeferson também estava ficando sem força para me segurar.
-Não da ela ta muito pesada – Nessa hora vejo que Carol estava muito perto de uma prateleira então surge à solução – Carol presta atenção!
-Me puxa Edward... Puxa-me – Agora ela estava totalmente em estado de desespero o que não ajudava nenhum de nós.
-Escuta olha para mim, ta vendo essa prateleira ai do seu lado, eu vou te balançar ate ela e você sobe... É o único jeito – Eu sentia o sangue subindo para minha cabeça estando quase totalmente de cabeça para baixo.
-Eu não vou conseguir – Sua voz estava sumindo, e seu rosto encharcado pelas lagrimas.
-Vai sim... Olha eu vou te balançar e você vai entendeu? – Meus braços pareciam que iriam se arrebentar naquele momento.
-Ta bom, mas anda logo – Agora ela grito com toda força.
-No três você vai entendeu? – Contando sempre ajuda.
-Ta... Entendi – Disse ela acenando com a cabeça.
-Um... Dois – Eles não estavam ajudando nenhum pouco tentando puxar ela, meus braços eram balançados por simplesmente eles baterem nas pernas dela de raspão – Três
Jogo Carol com toda força que podia, ela cai em cima da prateleira, por descuido ela não puxa a perna para cima então um deles consegue morder seu tornozelo. O grito de Carol ecoou por toda sala, ela bateu com o outro pé na cabeça dele fazendo-o cair novamente para baixo, vejo que ali ela estava segura então, hora de sair daqui.
-Carol tudo bem? – Subo novamente e verifico como ela estava.
-Eu... Eu acho que sim – Gagueja ela fazendo expressões de dor – Mas ele me mordeu na perna – Sua perna estava encharcada de sangue, com uma enorme mordida nela.
-Calma, nós vamos chegar ate ai... Agüenta firma que vamos chegar – Agora estava seguindo pelo Dulto.
Olho pra trás e vejo Emily desmaiada no tubo, vou rapidamente ate ela e a pego nos braços, sua respiração esta muito baixa fico em um estado de desespero sem sabe o que fazer. Uma menina de sete ou oito anos estava prestes a morrer ali nos meus braços, eu teria de fazer alguma coisa para ajudá-la.
-Vamos... Vamos tirar Emily daqui rápido – Agora eu estava em um estado de desespero, mas não podia perder a cabeça pensando no pior que pudesse acontecer.
Passamos por cima do buraco onde Carol havia caído e seguimos em frente, logo em seguida havia uma passagem logo na frente, olhamos baixo através da grade cinza e vimos que era a sala onde se guardava os alimentos da escola, verifico se havia alguém na sala, mas parecia estar vazia.
-Ta limpo, eu vou primeiro e você me manda a Emily Jeferson - sou o primeiro a descer, retiro a fechadura e a deixo cair ficando pendurada no teto uma grade cinza meio enferrujada.
Coloco uma mesa redonda em baixo para facilitar a passagem de Emily e a deles.Jeferson me alcança Emily lentamente, coloco-a sobre a mesa, coloco meu ouvido no seu peito pequeno escuto as batidas de seu coração irem diminuindo lentamente. Jeferson chega ao meu lado enquanto Marcelo verifica se a porta estava trancada, eu estava tão assustado que nem por um segundo pensei que eles poderiam entrar aqui e acabar com agente.
-A porta esta trancada, mas eu consigo destrancar – Diz Marcelo puxando dois grampos do bolso.
-Consegue mesmo? – Pergunta Jeferson com um tom de voz meio interessado no assunto.
-Você não sabe muita coisa sobre mim não é Jeferson – Marcelo agora estava totalmente concentrado no que estava fazendo.
-O que posso faze cara? – Meu medo de deixar essa criança morrer estava me deixando maluco, eu já não conseguia falar sem gaguejar – O que eu posso faze pra ajuda ela?
-Calma cara... Olha agente vai da um jeito – Jeferson estava tentando me fazer manter a calma, mas não estava adiantando.
-Espera – Der repente veio à imagem da professora de Literatura na cabeça, quando ela tinha ataques de Asma ela usava aquela bombinha.
-O que... O que foi? – Jeferson agora percebeu que eu havia de ter encontrado um jeito.
-A professora... – Mesmo assim eu ainda gaguejava – A professora de Literatura tinha Asma, ela sempre usava aquela... Aquela... – Com a pressão veio à palavra certa - Aquela bombinha, se nos pudéssemos chegar ate a secretaria talvez lá no armário dela tenha uma – Com essa idéia acho que poderia ajudar Emily, mas eu não tinha cem por cento de certeza.
-Mas a secretaria ainda esta a um pavilhão daqui Edward, e temos que ajudar a Carol, não se esqueceu dela não é?- Sua pergunta me fez refletir no momento, mas logo encontrei a resposta para essa também.
-Claro que não esqueci, mas não vou ir ajudá-la – Minha voz estava muito tensa, então deixei escapar essa rudemente.
-O que? Você não vai ajudar a Carol? – Agora ele já estava em pé de braços abertos quase gritando comigo.
-Não... Vocês vão salvar a Carol e eu vou sozinho ate a diretoria – Parei e o encarei, Jeferson fez uma expressão no rosto que parecia que não estava creditando no que eu estava dizendo.
-Você não pode ta falando serio? – Seus olhos agora estavam estremecendo junto com sua voz.
-Eu to falando... – Agora eu já estava o encarando – E agente não tem tempo de ficar discutindo isso cara, a Carol ta ferida na perna e Emily não respira direito então vamos parar de sermos crianças e pensar nas conseqüências se fizermos o errado – O silencio permaneceu entre nós dois.
Jeferson sempre foi maluco pela Carol, e nós sempre fomos melhores amigos desde que éramos pequenos, eu entendia como ele se sentia vendo que um amigo estaria com uma responsabilidade e não poder ajudá-lo. Mas eu sei que eles iriam conseguir ajudar ela então eu não tinha com o que me preocupar.
-Edward não faça isso, podemos deixar Emily aqui e ajudar Carol primeiro cara, pensa bem – Agora ele já estava implorando, mas ele ainda não estava com a razão, alias ambos não estavam.
-Não vou discutir mais com você, vocês me encontram na secretaria – Pego algumas frutas e bolachinhas e coloco na mochila.
-Pronto – Marcelo finalmente havia destrancado a fechadura – Quer ajuda? – Ele coloca Emily nas minhas costas, sinto seus pequenos braços sobre meus ombros e seu cabelo liso escorrendo sobre meu pescoço.
-Nos vemos na secretaria! – dou um pequeno sorriso e saio caminhando com Emily nas costas.
Abri a porta lentamente olhando de canto para o corredor, e por incrível que pareça estava vazio, eu caminhava normalmente sem fazer barulho, minhas pernas já estavam cansadas de tanta correria pra lá e pra cá. Eu estava novamente ao saguão da escola, e a secretaria já estava perto, não havia muitos deles por ali apenas alguns andando lentamente, dando voltas no mesmo lugar.
Olho para os lados e não vejo ninguém perto, hora de continuar mantendo a cautela, eu conseguia sentir as batidas do coração de Emily em minhas costas. Quando eu caminhava por trás dos pilares noto uma banda na preta com caveiras brancas nela, eu a reconheço no mesmo instante, com um pouco de dificuldade me aproximo para pega-la.
Essa banda na pertencia a Charlene, isso me passa pela cabeça que ela poderia ter conseguido sair da escola, bom pelo menos tudo estava indicando, pois não havia encontrado seu corpo, amarro no pulso direito e sigo em frente. A secretaria já estava sendo avistada um pouco longe, mas parecia tão perto de onde eu estava, mas eu tinha que continuar mantendo a calma, mesmo estando com muita vontade de sair correndo feito um louco.
Naquele momento eu não conseguia deixar de pensar se Marcelo e Jéferson estão bem se conseguiram ajudar Carol, naquela hora eu não sabia o que fazer vendo ela pendurada pela minha mão e aqueles canibais logo em baixo dela esperando que ela caísse, sorte que ao menos não fizeram nada apenas um ferimento em seu tornozelo.
Em frente vejo a secretaria, mas com alguns deles na frente perto da porta, minhas idéias pareciam que fugiam de mim quando eu mais precisava delas. Encosto-me atrás de um pilar com Emily agora no meu colo, respiro fundo e sopro o rosto dela que estava cheio de suor, Emily parecia que estava dormindo tranqüilamente, mas na verdade estava se aproximando cada vez mais da morte.
-Você não vai morrer aqui Emily, prometo – Minha voz estava ficando roca novamente.
Depois de alguns minutos sentado ali descansando resolvo sair. Com um pouco de dificuldade coloco Emily novamente nas costas, ela estava realmente pesando e eu não iria conseguir correr muito se eles me vissem. Começo a caminhar lentamente por trás de cada pilar, observando seus movimentos, para meu silencio ser rompido escuto gruídos ao meu lado, vejo um deles me olhando com seus olhos brancos e sua boca fluindo sangue, nunca tinha visto um tão perto de mim por que só eu os vejo correndo gritando, mordendo, estraçalhando as pessoas, mas esse estava parado num beco escuro da escola.
Preparo-me caso ele resolva a atacar, começo caminhar pra trás quando ele sai do escuro caminhando lentamente eu o reconheço era meu colega Maicon, em pensa que ele mesmo não acreditava nesses monstros e acabou sendo um deles.
Ele estava caminhando na minha direção, se ele grita-se todos os outros iriam ouvir e viriam atrás de mim, não garanto que vou conseguir fugir, se eu não estivesse com Emily nas costas eu ate conseguiria, mas agora estava difícil, mas do que eu estou reclamando? Eu que meti Emily nisso e agora eu tenho que tirar.
Dou um passo lentamente pra trás e piso numa latinha de refrigerante fazendo o maior barulho atraindo a atenção deles. Começo a correr, minhas pernas já não agüentam mais, no momento que eles corriam atrás de mim a secretaria fico totalmente vazia e fácil de entrar, olho e vejo mais deles vindo na minha frente.
Sigo na direção de umas escadas e me escondo em baixo delas e vejo todos passando do meu lado sem me ver, não perco nenhum minuto e logo saio novamente correndo e vejo que não tem nenhum no meu caminho, corro sem para quando olho para frente minha franja cai nos meus olhos e tapa minha visão de um dos olhos fazendo eu não ver uma parte do pavilhão, quando noto um atava pelo lado esquerdo me jogando contra parede, pegando seu empurrão de raspão eu me bato de ombro não deixando que Emily se machuque.
Fico de costas para parede e ele vinha para cima de mim, coloco o pé na frente e dou um chute em sua barriga jogando-o para lado, corro novamente em direção a secretaria e não vejo ninguém na entrada.
Essa é a minha única chance de entrar, chego ate a porta e a abro com um chute forte, quando entro não vejo ninguém só livros e papeis o chão com sangue em toda parte, vejo pegadas no chão e as sigo, mas antes coloco uma cadeira contra a fechadura da porta.
Não vejo ninguém, vou direto ate a sala dos professores corro pelo corredor de cor verde musgo também com marcas de sangue e muito estreito ate a ultima porta, a porta estava bloqueada por dentro por uma mesa dava pra ver pela pequena abertura na porta.
-Tem alguém ai? Ajudem aqui – Minha voz ecoava pela sala que parecia estar vazia. Ficar gritando aqui não me ajudaria em nada então resolvi tentar entrar.
Começo a forçar a porta pra ver se consigo mover um pouco da mesa que estava ali, mas era muito pesada e com Emily nas minhas costas dificultava as coisas, começo a dar chutes fortes na porta, mas mesmo assim não consigo. Uma batida forte na porta da secretaria me chama atenção eles estavam tentando entrar, então a adrenalina subiu ainda mais, começo a chutar mais rápido a porta só consigo abrir o suficiente para poder passar exprimindo, dentro da sala empurro de volta a mesa para bloquear a porta.
Coloco Emily no sofá e corro ate o armário da professora mas estava trancado com um cadeado. Olho em pânico para a mesa dos professores, para todo lugar para encontrar alguma coisa para arrombar o cadeado. Foi ai em que eu vejo uma pequena pedra que ficava em baixo da porta para deixá-la aberta, vou ate o armário e quebro o pequeno cadeado. Agora onde estará a bombinha?Começo a joga tudo para fora pra encontrar, encontro provas, livros, objetos de maquiagem, se alguém me pega-se fazendo isso eu seria expulso na hora.
-Encontrei - Finalmente a bombinha estava no fundo do armário. No momento em que vou ate Emily escuto um barulho vindo da salinha onde ficavam os matérias de educação física.
Caminho ate ele para me certificar que o lugar estava seguro, poderia ser um deles? Provavelmente não, pois essa sala estava fortemente trancada pela mesa. Abro lentamente a porta e encontro uma menina sentada encostada na parede chorando. Uma menina de pele morena clara, transas ate o ombro e uma pequena franja que escorria pelo seu rosto molhado pelas lagrimas.
-Tudo bem? – Me aproximo cautelosamente pronto para qualquer reação da menina.
A menina levanta a cabeça lentamente, seus olhos pretos pareciam perolas negras de tão bonitos que eram pintados em volta com um tom escuro, mas estava meio borrado por estar chorando. Eu reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar.
-Cha? É você? – Nunca é tarde para se perder as esperanças.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
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hehehe eu li kkk
ResponderExcluirmto foda !!
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