quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

17º No Zoológico X Como tudo começou.


Caminhando lentamente nos aproximamos da árvore, vendo aquela fera carnívora estripando o pobre cavalo ali em frente, começamos a subir eu fui pela escada e Nairo pela corda para não perder tempo.
Chegando ao ultimo degrau a madeira quebra fazendo eu cair novamente ao chão fazendo o maior barulho e atraindo a atenção da fera.

-Droga!
-Edward sai daí!

O Leão da seu rugido enorme que ecoa pelo zoológico, seu grito fez eu tremer mais do que eu já havia tremido antes. Corro ate a corda e vou subindo e ele continuava vindo na minha direção, eu estava na metade da corda e ouvindo os gritos de desespero de Nairo logo em cima de mim.

-Anda sobe...ele ta vindo!

Quando eu alcanço a madeira da casa o Leão pula para me puxar e consegue me bater no pé que faz eu ir e voltar pendurado na corda. Mesmo no embalo eu sigo subindo, já em cima da árvore sento em um canto e respiro fundo varias vezes. Pensei que seria meu fim ali naquele momento vendo aquela fera se aproximando de mim, meu coração batia que acho que ate Nairo escutava.

-Tudo bem Edward?
-Eu...eu...a...acho que sim!
-Foi por pouco essa cara...quase você vira comida de Simba! – diz Nairo.
-Cara quase que desisto na metade do caminho...quando eu senti aquela pata me...batendo no pé eu quase me borrei.

Nairo solta um pequeno riso e me levanta pelos braços, bom agora é pensar de como vamos sair daqui de cima dessa casinha. O leão permaneceu ali em baixo rugindo para nós, sua aparecia era um tanto diferente, sua juba estava ensangüentada, seus olhos estavam manchados e a cor amarelada. Sem duvida ele estava infectado, ele arranhava a árvore tentando subir mas não conseguia, então deixamos ele para trás.

-Vamos indo por cima do galho ate descer ate aquela sacada... – digo para Nairo.
-Será q não quebra?
-Não acho que consegue suportar nosso peço, vamos!

Subimos no galho e fomos andando lentamente para não haver perigo de cairmos, olhando para baixo o Leão só cuidando agente e rugindo esperando que um de nós caísse. Caindo da altura que estávamos não conseguiríamos nem nos levantar, seriamos mortos no mesmo instante por ele.

Chegando ate a sacada da casa onde era a recepção do zoológico, descendo da árvore vou ate a janela da casa, abro e verifico se tem alguém por perto mas estava vazio, apenas bagunçado que já não era uma coisa muito rara de se ver.

-Será que tem alguém vivo aqui? – pergunta Nairo, e olho com uma cara de desanimo pra ele.
-Cara não queria dizer isso mas, acho que somos as únicas pessoas vivas nessa cidade...
-A mas e se alguém ainda conseguiu sobreviver como agente?
-Uma coisa meio impossível...
-Cara não diz isso...pode ainda ter alguém vivo!
-E como você pode ter tanta certeza? Nairo nós só chegamos ate aqui com vida por que tivemos muita sorte, essa é a palavra SORTE!
-Eu não chamo isso de sorte...
-A é e como você chama? Fala quero ouvir! Vai dizer que Deus nos ajudo?
-Pode ser... por que não?
-Me poupa cara... – Volto andar por dentro da sala quando escuto uma voz saindo do fundo escuro.
-Mas ele tem razão menino...vocês não são os únicos ainda vivos!
-Quem é? – pergunta Nairo.

Um homem sai do fundo da sala segurando uma espingarda de cano duplo fumando um cigarro, era um homem com aparência de 40 anos de cabelos cinzentos e com barba mal feita, com um Nariz pontudo. Vestindo um uniforme do zoológico cinza e de sapato preto sujo de barro, ele caminha na nossa direção empunhando levemente a arma.

-Meu nome é Emerson...desculpe se assustei vocês!
-O senhor trabalha aqui? – pergunto.
-Sim como pode ver eu sou um dos guardas e veterinário do zoológico.
-É bom saber que existe mais alguém vivo não é – diz Nairo olhando para mim.

Emerson solta uma pequena risada e pegando o cigarro na Mão e soltando a fumaça pela sala, odeio pessoas fumantes.

-E quem são vocês?
-Bom meu nome é Nairo e esse é o Edward...estamos tentando chegar na casa dele e...
-Cala essa boca Nairo, nem conhecemos direito ele e você já vai contando ate onde iremos!
-Nairo e Edward...prazer em conhecê-los, sente-se por favor!
-Não obrigado temos que ir... – digo para Nairo.
-Á qual é cara...eu to cansado senta ai! - no fim sentamos no sofá para conversar.
-Então como dois garotos conseguiram sobreviver a tudo isso?
-É uma longa historia...
-Edward me encontrou no super mercado desde então estamos juntos...
-Entendo...
-Mas já o Edward ele conseguiu sair com mais dois amigos deles da escola e...
-Nairo...hehe...Nairo quer fica quieto, por que você não conta pra ele também a cor da sua cueca?
-Tudo bem...você esta certo Edward, não confie demais em pessoas estranhas! – diz ele olhando para mim.

Esse cara parecia ser gente fina, mas não podemos confiar muito em quem não conhecemos.

-Bom então...nós temos que ir!
-Vocês vão sair? Vocês vão morrer com o que tem lá fora! – diz o velho fumando seu cigarro.
-O que tem lá fora? – pergunto
-Hum coisas que eu garanto que você nunca viu! – ele fala rindo na minha cara.

Não dava pra saber se ele estava dizendo a verdade ou não, ele era muito estranho e misterioso. Bom mas de qualquer jeito teríamos que sair deste lugar para chegar em casa, então caminho ate a porta e espio pela pequena abertura.

-Não estou vendo nada de mais... – digo.
-Acho que ele tem razão Edward...vamos ficar aqui! – diz Nairo.
-Fazendo o que? Me diz!
-Os animais deste Zoológico foram infectados por um vírus que foi capaz de passar para as pessoas desta cidade. – diz o Velho olhando para a Janela.
-Como assim? Você sabe como isso tudo começo? – pergunto para ele.
-Posso te dizer que sei o motivo, mas como surgiu esse vírus isso eu não sei!
-Então explique para nós! – diz Nairo sentando perto dele.

Caminho de volta ate o velho e sento no sofá novamente perto de Nairo, para ouvir a historia dele.

-Bom tudo começo quando uma de nossas cobras começaram a agir de uma forma diferente.
-Como assim diferente? – pergunto.
-Ela começo a ser agressiva contra as outras cobras que estavam ali, ela mato a maioria das que estavam ali, retiramos as que sobreviveram para que ela não as mata-se. Ela se debatia contra o vidro querendo sair, ela chegava a soltar gritos finos e muito altos.
-É o que acontece com as pessoas lá fora, elas gritam e ficam agressivas, matando umas as outras – digo para o velho.
-Exato... o problema foi quando um de nossos especialistas em cobras foi retira-la dali para deixá-la em Quarentena para ser examinada.
-E conseguiram? – pergunta Nairo.
-Conseguimos sim, mas o nosso especialista foi picado por ela no pescoço, mas ele conseguiu retira-la a tempo. Logo que começaram os exames que fizeram nela, descobriram que ela tinha sintomas de agressividade ou seja...Raiva.
-Raiva? – pergunto.
-Sim...também descobriram que se alguém fosse picado por ela, deveria ter ficado em quarentena também.
-Mas o...
-Sim...o professor John que era especialista em cobras foi mordido, mas ninguém reparo a enorme picada em seu pescoço, minutos depois ele começo a passar mal, liberando os mesmo sintomas que a cobra, ele fico com a boca espumando e com os olhos vermelhos, todos pensaram que ele estava tendo uma reação alérgica ou algo parecido.
-Mas ele estava...se transformando! – diz Nairo.
-Isso mesmo, o professor John ele gritava muito e acabou caindo no chão desmaiando, vários médicos ficaram a sua volta e levaram ele para o hospital, e lá ele acordo atacando todos que estavam ao seu redor!
-Eu ate vi ontem de manha a reportagem na TV que estava uma loucura lá no Hospital, não parava de chegar gente ferida! – digo para Nairo e o Velho.
-E essa cobra ainda esta viva? – pergunta Nairo.
-Não ela foi morta com um machado na cabeça, eles não sabiam o que estavam fazendo ela ficar daquele jeito.
-Mas e ai descobriram como era o nome desse vírus? - pergunto
-Sim...os médicos e Veterinários o batizaram de vírus ÔMEGA!
-Vírus ÔMEGA! – digo.
-É quando eles viram do que esse vírus era capaz, já era tarde de mais para esvaziar a cidade, mas agora não adianta o vírus já deve ter se espalhado para outras cidades próximas.

Levanto do sofá e coloco a Mão na testa tentando processar tudo. Tudo isso que esta acontecendo foi por causa de uma cobra, não da para acreditar.

-E o vírus pega só em humanos? – pergunto olhando para fora pela jenela.
-Não... – responde o velho.
-Foi o que pensei. –digo.
-Por que diz isso? – pergunta Nairo.
-Vem aqui e veja isso.

Nairo vem ate a janela e vê junto comigo uma coisa incrível, dois tigres estripando uma girafa no chão, vendo aquela cena nem deu mais vontade de sair daquela sala, o medo bateu mais forte que nunca.

-Nossa! – diz Nairo.
-E então ainda pensam em sair daqui? – pergunta o Velho.
-Pensando bem... –diz Nairo logo dando uma resposta de cara, mas eu o interrompo.
-Sim...nós vamos! – respondo.
-Eu acho...o que? Ta maluco? Eu não vou sair daqui com...aquilo La fora!
-Que seja, eu vou sem você!
-Não Edward...por favor, você não vai conseguir chegar ate a sua casa é suicídio.
-Minha casa fica a uma quadra aqui, agora que estou tão perto não vou desistir Nairo...entenda isso!
-Ele tem razão Edward...é suicídio.
-Não falei com você velho! Eu vou e pronto, você me espera aqui que eu vou voltar.
-Cara teimoso esse...
-O velho, pode me emprestar essa sua arma? – pergunto.
-Você por um acaso sabe atirar? – pergunta Nairo.
-Eu sei...meu irmão me ensinou!
-É uma pena, mas não posso!
-E por que não?
-Por que só tem uma bala, e não vai fazer diferença alguma se você levá-la com você, só iria te atrapalhar.
-Ta tudo bem...me diz uma coisa, passando as jaulas dos Gorilas ainda tem aquela casa na arvore?
-Tem sim...
-É o que me basta...bom to indo!

Abro a porta e saio da sala deixando Nairo e o Velho para trás, caminhando normalmente pelo corredor de madeira empunhando o facão, chego ate as escadas para descer para o andar de baixo ate a recepção.

Havia a recepcionista parada de frente para a parede, sem fazer barulho me aproximo e bato com força no seu pescoço e a mato rapidamente, vou ate a porta de entrada da recepção e vejo um enorme buraco na parede, é como se um Rinoceronte tivesse arrombado e entrado ali.

Saio pelo mesmo buraco e vejo uma moto no chão no estacionamento do zoológico, corro ate ela sem deixar ninguém me ver, havia alguns carros ali mas seria mais fácil ir de moto.

A chave estava no chão ao lado dela, acho que o dono pensou em fugir mais não conseguiu, levanto ela e sem querer encosto no carro ao lado que dispara o alarme.

-Perfeito...Você é um gênio Edward...não tinha lugar melhor para acontecer isso! – falo tentando ligar a moto.

Ouvia gritos e rugidos vindo de trás do restaurante do zoológico, o mesmo leão que havia nos visto aquela hora estava vindo também junto com varias pessoas, consigo finalmente ligar a moto e logo saio em direção a casa da arvore.

-Agora vou conseguir fugir de vocês são babacas... – largo uma risada forte para o ar.

Andando rapidamente pelo zoológico, passo pela Jaula onde tinha os Crocodilos e vejo eles tentado sair delas, o pequeno lago que havia ali estava seco e eles estavam com uma aparecia horrível então deixo eles para trás.

Chegando próximo a casinha da árvore quando vou parar a moto um Gorila me bate com seu enorme braço que faz eu cair da moto, fazendo ela se bater contra a arvore e explodindo.

Vejo aquele gorila se aproximando de mim, levanto e corro em direção a arvore mas ela já estava pegando fogo, mas o único jeito de eu conseguir chegar em casa, que era subindo nela e pulando para o outro lado do muro.

-DROGA!

O Gorila fazia o maior rugido, se aquele macaco gigante me pega-se eu estaria morto, não tem a menor chance. Ele se aproxima eu procuro meu facão e o vejo perto da moto no fogo, o Gorila vem e me bate novamente que faz eu me bater contra um banco de pedra.

Meu braço fico machucado pela batida e o tombo da moto, eu achei que seria meu fim naquele minuto. Mas eu levanto mais uma vez e corro ate o Gorila e quando ele foi me bater novamente eu me joguei para baixo das pernas dele passando por baixo e caindo perto da moto que estava em chamas.

Pego o facão que estava ali perto do fogo, o Gorila volta a me atacar mas eu o fico com o facão na sua barriga, ele estava quente por que estava caído no fogo. O Gorila grita de dor mas fez nada no desgraçado, então eu aproveito e subo na árvore para sair dali, chegando ao topo vejo o pessoal vindo. O gorila começa a balançar a árvore fazendo eu ir e voltar com o embalo, mas eu seguro nos galhos e vejo o muro do outro lado.

Minha casa já dava para ser avistada dali, quando eu fui pular a árvore começou a cair para o lado na direção do gorila, as pessoas começaram a tentar subir para me pegar. Então não perco nenhum minuto e pulo com tudo para o outro lado do mudo, a árvore cai e eu só escuto o rugido do gorila gritando.

Caindo do outro lado fora do zoológico, vejo uma bicicleta vermelha caída perto de uma árvore. Corro ate ela e a pego, subo e corro com ela ate a minha casa, a rua estava calma não havia quase nenhum deles ali, o sol estava rachando era 14:30 da tarde.

Chego finalmente em Casa, meus olhos começaram a brilhar de tanta felicidade, pensei que nunca mais iria ver ela novamente. Desço rapidamente da bicicleta mas quando olho para trás vejo eles se aproximando correndo e gritando.

-A não...

Pego a chave de baixo do tapete e entro rapidamente, tranco a porta e arrasto a instante de livros da sala e bloqueio a porta. Vejo que agüenta as batidas, logo corro ate o quarto de Alexandre gritando o nome dele.

-Alexandre! Alexandre cheguei! Você esta ai?

Volto a vou ate a cozinha e me deparo com um bilhete na geladeira dizendo o seguinte:

‘‘ Edward desculpe eu ter sumido e ter deixado você, eu sei que eu deveria ter te protegido mas não pude fazer nada, os militares mandaram esvaziar a cidade mas já era tarde de mais, eles evacuaram algumas famílias por que a metade da cidade já estava contaminada. Eu pedi para que fossem em seu colégio te buscar, mas não deu então me levaram a força. Espero que esteja bem, vá ate o porão e abra o Baú do nosso pai, o que tiver lá é seu talvez o ajude, Desculpe irmão, nós ainda nos veremos eu prometo! ALEXANRE’’

Baixo a folha com o Bilhete e fecho os olhos e respiro fundo, vou para meu quarto e tiro minha roupa e vou para o banheiro tomar uma ducha, a água estava super gelada mas eu nem sequer bati o queixo.

Depois de desfrutar de 1 hora de chuveiro tirando todo aquele sangue do cabelo, lama e suor eu saio e me seco com a toalha. Saio de toalha enrolada na cintura e vou ate meu quarto para botar uma roupa limpa.

Coloco outra causa Jeans azul, meu all star novo que eu nem havia usado, uma camiseta de manga dupla preta e branca, pego a escova e arrumo meu cabelo, vejo uma cicatriz na minha testa que eu não havia notado, um corte pequeno porem tinha sido profundo.

Coloco um curativo para tapar, me atiro em cima da cama e fecho os olhos por alguns minutos, e acabo caindo no sono, o cansaço estava me matando.

Acordo e olho no relógio era 17h30min da tarde, nossa desfrutei de uma boa soneca que coisa boa, achei que nunca mais fosse dormi daquele jeito. A Barriga começou a roncar fui ate a cozinha e comi o resto de uma pizza fria que estava dentro do micro ondas, pego uma Coca bem gelada que estava dentro da Geladeira e tomo toda.

Comi bastante, pego o telefone e vejo se estava dando algum sinal, e pior que estava. Não perco nenhum minuto e ligo para Cha para avisar que estava bem. O telefone toca varias vezes seguidas mas ninguém atendia, tento varias vezes mas nada. Então ligo para outros amigos, a mesma coisa só chamava ou estava fora da área.

Vou ate o Banheiro escovar os dentes quando saio, vou ate ao Quarto de Alexandre para pegar a chave do porão, no momento que eu alcanço a caixa um deles entra pela janela do quarto caindo em cima de mim fazendo a chave cair em baixo da cama.

Jogo ele para trás com o pé e bato com o abajur nele, mas mesmo assim não cai. Então torço seu pescoço e acabo com ele, olho para a Janela e vejo mais deles vindo correndo. Bom hora de ir, pego a chave de baixo da cama e corro ate a porta dos fundos, descendo as escadas vou ate o porão e retiro o cadeado e entro rapidamente trancando a porta.
Coloco o sofá para bloquear a porta junto com uma mesa em cima dele, não demoro muito para que as batidas começarem, mas eles aqui não entrariam.

Sento no outro sofá e penso, acho não vou a lugar nenhum depois daqui. Vejo o Baú do nosso Pai na minha frente vou ate ele e o abro, encontro varias coisas. Uma Pistola toda preta que pertencia ao meu pai, um facão e equipamentos de armas para colocar nas pernas e nas costas.

No fundo do Baú encontro um pequeno livro, mas quando abro era o Diário do meu Pai mas não havia muitas coisas escritas nele, então aproveito e começo a escrever minha historia deste dia como tudo começou ate a minha chegada até aqui.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

16º Um passeio pelo Zoológico!


Marcelo vem rapidamente por trás e fica com uma faca nas minhas costas.

-Bom...só uma coisa vou te pedir,mande um Oi para a Emily quando você chegar lá em cima. – diz Marcelo
-Não faça isso cha... por favor!
-Lamento maninho, mas tem que ser assim...

Marcelo atravessa minha medula...

-Edward...Edward...ACORDA!
-AAAH... O que?
-Calma você só estava sonhando Edward –diz cha do meu lado.
-Cha? É você mesmo...
-Sou...

Abraço fortemente cha, sentindo aquele alivio sabendo que foi apenas um sonho e que nada daquilo havia acontecido. Olho por trás de Cha e vejo patrícia sentada no sofá conversando com Nairo e Marcelo, só não tava vendo Ino ali por perto.

-Como é bom em ver você de novo Cha...ainda bem que vocês conseguiram chegar aqui a salvos.
-É bom ver você de novo, fiquei muito preocupada com você...
-É eu sei!
-Nós demos muita sorte em chegar aqui, eu cheguei a pensar que não nos veríamos de novo – diz ela olhando em meus olhos.
-Eu também achei...mas o que importa é que estamos todos juntos!
-E o seu irmão Edward? Você conseguiu encontra ele? – diz Marcelo vindo a minha direção.

Eu levanto e fico sentado olhando para o chão e arrumando a franja.

-Não...ele não estava lá!
-Sinto muito – diz ele.
-Mas ele pode estar vivo cara...se ele não esta lá ele pode ainda estar por ai não acha? – diz Nairo logo a minha frente.
-É eu sei mas... não faz diferença por que ele pode ter saído dela vivo ou transformado.
-Isso é verdade... – diz Patrícia.

Caminho ate a janela da sala e olho para baixo, havia muitos deles ainda lá nos esperando. Daqui eles pareciam pessoas normais pois não estavam correndo, matando e gritando, estavam andando como pessoas normais.

-Onde esta Inocêncio e Brenda? – pergunto.
-Eles estão ali no quarto, a namorada dele não parece bem e esta na cama. – diz Cha.
-Eu vou ate ali ver como eles estão!

Vou ate o quarto que era da Mãe da Cha e vejo Brenda deitada na cama com Inocêncio ao seu lado segurando sua Mão. Bato na porta e entro silenciosamente, puxo uma cadeira e sento ao lado de Ino.

-Tudo bem Edward? – pergunta ele sem nem se quer me olhar.
-To bem Ino brigado! E ela como ela ta?
-Ela não esta nada bem cara...não sei mais o que fazer – Vejo uma lagrima escorrendo do rosto dele.
-Olha eu...não queria dizer isso Ino mas...eu acho que ate mesmo você sabe por que ela deve estar assim – falo olhando diretamente para ele, sem ele me olhar.
-O que você quer dizer?
-Ino...
-Você esta dizendo que...ela esta Infectada por esse Vírus? – nessa hora ele vira o rosto e me olha com um olhar de dar medo.

Seus olhos estavam vermelhos e com olheiras enormes em volta deles, ele estava com uma aparecida de muito doente.

-Ino...você esta se sentindo bem?
-Eu estou bem...por que não estaria?
-Por que não parece só isso...
-Pois eu estou...ou vai dizer que eu estou infectado também? Á fala senhor sabe tudo... – Ino começa a libera um pouco da sua Raiva que eu nunca havia visto, que faz eu levanta da cadeira.
-Vou deixar você fica sozinho...e vê se relaxa por que pode prejudicar a Brenda.

Saio do Quarto e volto ate a sala onde estavam todos, sento ao lado da cha e todos me olham com uma expressão de preocupados e sem saber o que fazer. Eu já estava sem idéias para pensar, sem o que dizer, Será que tudo nunca voltará ao normal? E vamos ter que conviver com essas aberrações ate morrermos?

-E então...qual é o Plano? – pergunta Nairo.
-Não tenho idéia... – diz Charlene.
-Temos que primeiro conseguir sair desse prédio, caso contrario não vamos a lugar algum! – diz Patrícia.
-Edward? Alguma idéia? – pergunta Marcelo olhando para mim.
-Acho que o único que posso pensar no momento...é tentar ficar vivo, não vejo outra coisa melhor.
-Temos que tentar sair da cidade... -diz Cha.
-Sair da cidade? Ta falando serio? - pergunta Nairo olhando para ela.
-É cha é uma boa idéia mas...como? são muitos deles La fora e não sabemos ao certo se a estrada para sair daqui esta bloqueada por carros, pode estar cheia deles também. – eu falo nas possibilidades para eles, mas também precisamos ser as vezes Otimista.
-Tem razão – diz ela.
-Mas não temos outra escolha, não podemos ficar aqui o resto da vida né gente! – diz Nairo.
-Isso é verdade – diz patrícia concordado com Nairo.

Por um momento eu paro e penso, será que fora daqui ainda a vida humana? Será que eles estão só aqui na nossa cidade? E que pode haver pessoas trabalhando em outras cidades, vivendo tranquilamente sem medo algum?

O que mais me impressiona é que ninguém ainda fez algo para conter esse vírus.Alias como será que ele veio para nossa cidade? Será que o governo tem algo a ver com isso?

-Edward? – cha me chama atenção.
-O que?
-Nos achamos melhor fazer uma tentativa em sair da cidade. – diz Patrícia.
-Bom quem sou eu para descordar... mas eu preciso fazer uma coisa antes.
-E o que é? – pergunta Cha.
-Preciso ir para casa e pegar algumas coisas...
-Eu sabia que você ainda pensava em fazer isso! – diz cha brava.
-Eu preciso Cha...meu irmão pode ter deixado algum recado para eu encontrar lá.
-Ele pode estar certo cha! – diz Marcelo.

No momento que um silencio fica entre nós um grito vindo do quarto onde estava Inocêncio e Brenda. Levanto e tiro a pistola que tinha na cintura e vou ate o corredor, muitos barulhos vinham dali e acho que o pior já havia acontecido.

-Fiquem ai...Marcelo vem comigo!

Marcelo e eu fomos caminhando ate o Quarto, abrimos lentamente a porta e nos deparamos com um Brenda batendo contra um armário. O abajur quebrado, manchas de sangue na parede, o espelho em pedaços no chão e a janela quebrada.

Caminho lentamente apontando com a pistola para Brenda, quando Marcelo Liga a Luz do quarto ela se vira rapidamente me olhando e gruindo para mim. Com um tiro eu acabo com ela, chamo Marcelo para revista o Guarda Roupa que ela estava se batendo.

-Marcelo... – vou para o outro lado da cama com a arma apontada para a porta.

Marcelo abre rapidamente mas ele não estava ali, quando abaixo o braço com a arma Inocêncio surge por trás pela porta do Banheiro me atacando que faz ele cair em cima de mim.

Como eu suspeitei Ino também estava infectado, mas como ele foi contaminado? A arma cai da minha Mão e vai parar em baixo da cama.
Marcelo da um chute no rosto de Ino que o faz cair para o lado, eu levanto e Marcelo vai na direção dele sem pensar duas vezes e acaba torcendo seu pescoço.Olho Marcelo respirando fundo olhando para Ino, eu nunca pensei que ele fosse fazer uma coisa dessas, pego minha arma de baixo da cama e olho para ele.

-Como você fez aquilo?
-Fiz o que?
-O que acabou de fazer!
-Eu só matei mais um desses...caras! Poderia pelo menos me agradecer por salva a sua vida?
-O...Obrigado!

Marcelo sai do quarto e vai ate o Banheiro lavar as mãos, eu fico procurando algum sinal de mordida ou arranhão no corpo de Ino mas não encontrei nada. Como ele poderia ter pegado o Vírus? Vou ate o corpo de Brenda e vejo uma grande manda roxa no seu olho se estendendo sobre seu rosto.

Parecia que a infecção veio dali, eu lembro que no inicio quando a conheci, ela estava com o olho direito muito vermelho muito mesmo. Talvez ela pode ter sido infectada por alguma gosta de sangue que tenha pingado no rosto dela.

Por isso demoro para aparecer os sintomas do vírus, como também a transformação. E Ino deve ter beijado ela alguma hora e ela tenha transmitido para ele através da saliva. É claro só pode ter sido isso não á outra explicação, fecho os olhos de Ino e Brenda e volto ate a sala onde estavam todos.

-Tudo bem? – pergunta Patrícia.
-Não...
-Você não teve escolha não é? – pergunta cha.
-Não...
-Alguém dívida dizer alguma coisa – diz Nairo.

Caminho ate o meio da sala de punho fechado, pronto para bater em qualquer um que se aproxima-se de mim.




-Não á nada a dizer...antes eu pensava que poderia proteger quem eu quisesse apenas com a minha coragem...No fundo eu sempre pensava eu antes que eles, mas não creio mais nisso...Por que agora eu entendo que existem coisas piores do que a morte e uma delas é ficar parado esperando a Morte!
-Eu não quero morrer aqui – diz Cha.
-Bom eu vou arrisca a chegar ate minha casa e voltar ate aqui...
-Mas dessa vez você não vai sozinho – diz cha olhando seria para mim.
-Claro que ele não vai, eu vou com você Edward! - diz Nairo.
-Ta pode ser Nairo...vamos nos preparar, Marcelo onde esta meu Facão?
-Eu o deixei atrás da porta da cozinha.
-Valeu...

Nairo e eu fomos para cozinha comer alguma coisa, para repor as energias antes de partir. Lavo meu rosto e minhas mãos na pia, eu não agüentava mais aquela roupa precisava trocar, peguei meu facão atrás da porta e tirei o sangue que estava nele. Ele fico novinho em folha mas logo ele voltara a ter essa cor avermelhada. Nairo pega um Bastão de madeira e deixa-o do seu lado, olho pela janela e o dia estava amanhecendo.

Ainda não credito que tudo o que passamos foi em apenas um dia, e hoje era dia 29 em pensar que daqui a 2 dias é meu aniversario.

-E ai Edward...tudo pronto? – pergunta Nairo.
-Ã? A sim...tudo sim!
-Então vamos...

Fomos ate a sala onde todos estavam, Marcelo estava deitado no sofá e Patrícia e Cha estavam conversando no outro sofá. Nos aproximamos deles e cha vira o rosto e me olha com um olhar de tristeza, pois era mais uma vez que iríamos nos separar.

-Cha eu...
-Me da um abraço bem forte! – nos abraçamos muito forte, por que poderia ser a ultima vez que nos veríamos.
-Eu queria te pedir desculpas por tudo, não quis ser grosso com você aquela hora, me desculpa!
-Claro...não esquenta com isso!

Olho em volta para todos e baixo a cabeça, e sigo com Nairo ate a porta para sairmos.

-Eu prometo que nós vamos voltar a salvo...depois vamos sair dessa cidade. Marcelo cuida delas para mim.
-Pode deixa cara...boa sorte!
-Vamos Nairo...

Saímos então do apartamento de Cha e continuamos pelo corredor bagunçado e completamente manchado de sangue, com muito silencio e cuidado nos aproximamos da escada pois o elevador estava desativado. Olho alguns degraus a baixo para ver se estava limpo, descendo então chegamos ao segundo andar, tudo estava muito tranqüilo ate a hora em que chegamos ate a escada para descermos ate o primeiro andar, nós nos depararmos com um bando deles bloqueando a escada.

-Nairo não vamos conseguir passar por eles...se eles nos verem vamos ter sérios problemas! – falo baixinho.
-É to sabendo...vamos tentar descer pela escada do lado do prédio.
-Mas esta do outro lado do prédio, teríamos que ir pelo lado de fora daquela sacada... – aponto com o dedo para a janela do corredor.
-Vamos ali ver!

Havia uma passarela muito pequena que daria para nós ir caminhando lentamente ate a outra janela que estava com a escada. O jeito era ir por ela mesmo e tentar descer, então eu subo primeiro para ver se daria para passarmos.

-Vem Nairo...acho que vai dar certo, só não olha para baixo.
-Ta certo to indo!

Começamos a caminhar sobre a passarela para chegar ao outro lado, já chegando na escada eu consigo me segurar na barra de ferro que havia ali. Olho para trás e Nairo estava vindo muito lentamente, chegando já ate a escada eu passei por uma janela fechada sem nenhum problema.

Mas na hora de Nairo não foi a mesma coisa, um deles avisto Nairo de dentro do prédio e rapidamente pulo nele quebrando a janela, por sorte ele seguro firme na parede mas não caiu mas o cara que pulou já não posso dizer o mesmo.

-Nossa essa foi por pouco! – diz Nairo com os olhos quase saltando para fora.
-Vamos você esta quase chegando...
Quando Nairo foi segurar na barra de metal ele resvalou no caco de vidro que havia ali e quase caiu se eu não tivesse Le dado a Mão. Ele ficou pendurado pelo meu braço quase caindo, olho para o lado e vejo pela janela que o cara quebrou mais deles vindo.

-Rápido Nairo...se apóia com o pé ai no ferro e sobe!
-Ta...

Consigo fazer Nairo subir e então começamos a descer as escadas, olhei rapidamente para cima e vejo por coincidência Cha e Patrícia lá no alto nos observando.

Dou um leve sorriso e continuo descendo, chegando ao fim das escadas pulamos para o chão e nos escondemos atrás de uma lixeira enorme.

-E ai tudo bem? – pergunto para Nairo.
-Claro...tudo sim! Obrigado cara, se não fosse você ali eu estava ali junto com aquele cara feito panqueca!
-Não por isso! Bom vamos continuar, temos que atravessar a rua e cruzar por mais duas quadras!
-Nós vamos ter que passar perto do Zoológico da cidade e passar pela construção não é?
-É vamos sim...mas para isso temos que conseguir chegar ate o outro lado...Vamos ter que correr muito e deixar eles para trás entendeu?
-É vamos tentar né...
-Então no 3...1,2...3 vamos!

Corremos atravessando a rua para o próximo beco a nossa frente, os infectados que se aproximavam pelo lado eu batia com o facão para afastá-los, Nairo fazia o mesmo com o bastão!

-Tem uma cerca logo em frente, vamos ter que pular o mais rápido possível Nairo, eu vou na frente para te dar impulso com o joelho para você poder subir!
-Mas e você?
-Eu consigo subir...vamos lá!

Eu vou na frente e me posiciono de frente para Nairo, eu vendo aqueles canibais logo atrás dele querendo nossas cabeças. Nairo sobre em um pulo apoiando-se no meu joelho, eu subo apoiando com o pé na parede e o outro em uma caixa, logo consigo subir.

Atravessando estávamos a frente do Zoológico da nossa cidade, corremos ate ele para cortar caminho ate minha casa. Na entrada estava tudo vazio apenas uma bagunça daquelas, comida no chão, o carrinho de pipoca quebrado no chão.

-Nunca pensei que veria esse lugar tão vazio. – digo.
-Edward espera!
-O que foi?

Paramos por alguns minutos e vemos uma criança sentada no escorregador na pracinha.

-Nairo é um deles, vamos embora!
-Não espera...pode ser que esteja vivo!
-Não Nairo espera! - Tento impedir Nairo de se aproximar da criança mas não consigo.

Nairo corre ate a criança e fica a sua frente, eu fico um pouco mais perto para o caso dela atacar ele.

-Oi...quem é você?

A criança olha para ele, era uma menina de aparentemente 10 anos de cabelos ruivos, e sardas no rosto, e vestindo um macacão jeans de all star. A menina olha para ele com o cabelo no rosto, vejo uma mancha de sangue enorme em seu pescoço, corro para avisar Nairo.

-Nairo ela é um deles sai daí!

A menina desce correndo o escorregador atrás de Nairo, mas ele a mata com uma pancada forte na cabeça que a derruba em um instante. Vejo Nairo ajoelhando-se perto do corpo da menina quase chorando, caminho ate ele e tento entender seu lado.

-Quem era ela?
-Minha prima... – Nairo fala com a cabeça baixa abraçando a menina.

Fico sem o que dizer para ele, sem palavras.

-Eu juro que eu ainda vou descobrir por que isso esta acontecendo, por que essa...essa doença se espalhou em nossa cidade! Por que aqui? Por que...DROGA!
-Calma cara...olha eu, prometo que nós vamos encontra todas nossas respostas, mas isso pode demora algum tempo.
-Você acha?
-Sim...agora a única coisa que podemos fazer é tentar continuar vivos, não podemos nos render agora...vamos embora!

Levanto Nairo pelo braço e voltamos a andar sobre o Zoológico, estávamos nos aproximando das jaulas dos animais, a maioria estava vazia, outras os animais haviam morrido. Papagaios mortos, Macacos estripados no chão, uma coisa que me chamou atenção.

-Nairo espera...
-O que foi?
-Olha...

A jaula dos Leões estava aberta e não tinha nenhum rastro de sangue nela, ela foi derrubada e o que saiu dali ainda estava vivo e eu não queria ver o que era.

-Minha mãe do céu! – diz Nairo olhando para lado.
-O que foi cara?
-Faça o que quiser mas não entre em Pânico Edward!
-Mas por quê?
-Olha!

Um Leão estava devorando um cavalo que estava caído logo ali em frente, não sabíamos se o Leão estava infectado ou não, pois ele estava coberto de sangue. Mas não vai fazer diferença se ele estiver ou não, infectado ou não ainda somos as pressas dele...isto é, se ele notar que estamos ali!

-Vamos sair daqui...Agora! – diz Nairo tremendo ao meu lado.
-Calma se fizermos barulho ele vai nos atacar e nos fará em pedaços...
-E o que você quer fazer? Lutar contra ele com esse facão?
-Prefiro ficar com meu Braço inteiro...eu devo ter 5 balas na arma e não vai fazer nada nele se ele estiver infectado.
-Bom então o que agente faz?

Avisto uma casinha na arvore a uns 30 passos da gente, se corrermos talvez conseguiríamos subir e ficaríamos salvos.

-Nairo vamos caminhando lentamente ate essa casinha da arvore!
-Ta bom vamos...
Caminhando lentamente nos aproximamos da árvore, vendo aquela fera carnívora estripando o pobre cavalo ali em frente, começamos a subir eu fui pela escada e Nairo pela corda para não perder tempo.
Chegando ao ultimo degrau a madeira quebra fazendo eu cair novamente ao chão fazendo o maior barulho e atraindo a atenção da fera.

-Droga!
-Edward sai daí!

16º Tentando Chegar em Casa!

Marcelo vem rapidamente por trás e fica com uma faca nas minhas costas.

-Bom...só uma coisa vou te pedir,mande um Oi para a Emily quando você chegar lá em cima. – diz Marcelo
-Não faça isso cha... por favor!
-Lamento maninho, mas tem que ser assim...

Marcelo atravessa minha medula...

-Edward...Edward...ACORDA!
-AAAH... O que?
-Calma você só estava sonhando Edward –diz cha do meu lado.
-Cha? É você mesmo...
-Sou...

Abraço fortemente cha, sentindo aquele alivio sabendo que foi apenas um sonho e que nada daquilo havia acontecido. Olho por trás de Cha e vejo patrícia sentada no sofá conversando com Nairo e Marcelo, só não tava vendo Ino ali por perto.

-Como é bom em ver você de novo Cha...ainda bem que vocês conseguiram chegar aqui a salvos.
-É bom ver você de novo, fiquei muito preocupada com você...
-É eu sei!
-Nós demos muita sorte em chegar aqui, eu cheguei a pensar que não nos veríamos de novo – diz ela olhando em meus olhos.
-Eu também achei...mas o que importa é que estamos todos juntos!
-E o seu irmão Edward? Você conseguiu encontra ele? – diz Marcelo vindo a minha direção.

Eu levanto e fico sentado olhando para o chão e arrumando a franja.

-Não...ele não estava lá!
-Sinto muito – diz ele.
-Mas ele pode estar vivo cara...se ele não esta lá ele pode ainda estar por ai não acha? – diz Nairo logo a minha frente.
-É eu sei mas... não faz diferença por que ele pode ter saído dela vivo ou transformado.
-Isso é verdade... – diz Patrícia.

Caminho ate a janela da sala e olho para baixo, havia muitos deles ainda lá nos esperando. Daqui eles pareciam pessoas normais pois não estavam correndo, matando e gritando, estavam andando como pessoas normais.

-Onde esta Inocêncio e Brenda? – pergunto.
-Eles estão ali no quarto, a namorada dele não parece bem e esta na cama. – diz Cha.
-Eu vou ate ali ver como eles estão!

Vou ate o quarto que era da Mãe da Cha e vejo Brenda deitada na cama com Inocêncio ao seu lado segurando sua Mão. Bato na porta e entro silenciosamente, puxo uma cadeira e sento ao lado de Ino.

-Tudo bem Edward? – pergunta ele sem nem se quer me olhar.
-To bem Ino brigado! E ela como ela ta?
-Ela não esta nada bem cara...não sei mais o que fazer – Vejo uma lagrima escorrendo do rosto dele.
-Olha eu...não queria dizer isso Ino mas...eu acho que ate mesmo você sabe por que ela deve estar assim – falo olhando diretamente para ele, sem ele me olhar.
-O que você quer dizer?
-Ino...
-Você esta dizendo que...ela esta Infectada por esse Vírus? – nessa hora ele vira o rosto e me olha com um olhar de dar medo.

Seus olhos estavam vermelhos e com olheiras enormes em volta deles, ele estava com uma aparecida de muito doente.

-Ino...você esta se sentindo bem?
-Eu estou bem...por que não estaria?
-Por que não parece só isso...
-Pois eu estou...ou vai dizer que eu estou infectado também? Á fala senhor sabe tudo... – Ino começa a libera um pouco da sua Raiva que eu nunca havia visto, que faz eu levanta da cadeira.
-Vou deixar você fica sozinho...e vê se relaxa por que pode prejudicar a Brenda.

Saio do Quarto e volto ate a sala onde estavam todos, sento ao lado da cha e todos me olham com uma expressão de preocupados e sem saber o que fazer. Eu já estava sem idéias para pensar, sem o que dizer, Será que tudo nunca voltará ao normal? E vamos ter que conviver com essas aberrações ate morrermos?

-E então...qual é o Plano? – pergunta Nairo.
-Não tenho idéia... – diz Charlene.
-Temos que primeiro conseguir sair desse prédio, caso contrario não vamos a lugar algum! – diz Patrícia.
-Edward? Alguma idéia? – pergunta Marcelo olhando para mim.
-Acho que o único que posso pensar no momento...é tentar ficar vivo, não vejo outra coisa melhor.
-Temos que tentar sair da cidade... -diz Cha.
-Sair da cidade? Ta falando serio? - pergunta Nairo olhando para ela.
-É cha é uma boa idéia mas...como? são muitos deles La fora e não sabemos ao certo se a estrada para sair daqui esta bloqueada por carros, pode estar cheia deles também. – eu falo nas possibilidades para eles, mas também precisamos ser as vezes Otimista.
-Tem razão – diz ela.
-Mas não temos outra escolha, não podemos ficar aqui o resto da vida né gente! – diz Nairo.
-Isso é verdade – diz patrícia concordado com Nairo.

Por um momento eu paro e penso, será que fora daqui ainda a vida humana? Será que eles estão só aqui na nossa cidade? E que pode haver pessoas trabalhando em outras cidades, vivendo tranquilamente sem medo algum?

O que mais me impressiona é que ninguém ainda fez algo para conter esse vírus.Alias como será que ele veio para nossa cidade? Será que o governo tem algo a ver com isso?

-Edward? – cha me chama atenção.
-O que?
-Nos achamos melhor fazer uma tentativa em sair da cidade. – diz Patrícia.
-Bom quem sou eu para descordar... mas eu preciso fazer uma coisa antes.
-E o que é? – pergunta Cha.
-Preciso ir para casa e pegar algumas coisas...
-Eu sabia que você ainda pensava em fazer isso! – diz cha brava.
-Eu preciso Cha...meu irmão pode ter deixado algum recado para eu encontrar lá.
-Ele pode estar certo cha! – diz Marcelo.

No momento que um silencio fica entre nós um grito vindo do quarto onde estava Inocêncio e Brenda. Levanto e tiro a pistola que tinha na cintura e vou ate o corredor, muitos barulhos vinham dali e acho que o pior já havia acontecido.

-Fiquem ai...Marcelo vem comigo!

Marcelo e eu fomos caminhando ate o Quarto, abrimos lentamente a porta e nos deparamos com um Brenda batendo contra um armário. O abajur quebrado, manchas de sangue na parede, o espelho em pedaços no chão e a janela quebrada.

Caminho lentamente apontando com a pistola para Brenda, quando Marcelo Liga a Luz do quarto ela se vira rapidamente me olhando e gruindo para mim. Com um tiro eu acabo com ela, chamo Marcelo para revista o Guarda Roupa que ela estava se batendo.

-Marcelo... – vou para o outro lado da cama com a arma apontada para a porta.

Marcelo abre rapidamente mas ele não estava ali, quando abaixo o braço com a arma Inocêncio surge por trás pela porta do Banheiro me atacando que faz ele cair em cima de mim.

Como eu suspeitei Ino também estava infectado, mas como ele foi contaminado? A arma cai da minha Mão e vai parar em baixo da cama.
Marcelo da um chute no rosto de Ino que o faz cair para o lado, eu levanto e Marcelo vai na direção dele sem pensar duas vezes e acaba torcendo seu pescoço.Olho Marcelo respirando fundo olhando para Ino, eu nunca pensei que ele fosse fazer uma coisa dessas, pego minha arma de baixo da cama e olho para ele.

-Como você fez aquilo?
-Fiz o que?
-O que acabou de fazer!
-Eu só matei mais um desses...caras! Poderia pelo menos me agradecer por salva a sua vida?
-O...Obrigado!

Marcelo sai do quarto e vai ate o Banheiro lavar as mãos, eu fico procurando algum sinal de mordida ou arranhão no corpo de Ino mas não encontrei nada. Como ele poderia ter pegado o Vírus? Vou ate o corpo de Brenda e vejo uma grande manda roxa no seu olho se estendendo sobre seu rosto.

Parecia que a infecção veio dali, eu lembro que no inicio quando a conheci, ela estava com o olho direito muito vermelho muito mesmo. Talvez ela pode ter sido infectada por alguma gosta de sangue que tenha pingado no rosto dela.

Por isso demoro para aparecer os sintomas do vírus, como também a transformação. E Ino deve ter beijado ela alguma hora e ela tenha transmitido para ele através da saliva. É claro só pode ter sido isso não á outra explicação, fecho os olhos de Ino e Brenda e volto ate a sala onde estavam todos.

-Tudo bem? – pergunta Patrícia.
-Não...
-Você não teve escolha não é? – pergunta cha.
-Não...
-Alguém dívida dizer alguma coisa – diz Nairo.

Caminho ate o meio da sala de punho fechado, pronto para bater em qualquer um que se aproxima-se de mim.




-Não á nada a dizer...antes eu pensava que poderia proteger quem eu quisesse apenas com a minha coragem...No fundo eu sempre pensava eu antes que eles, mas não creio mais nisso...Por que agora eu entendo que existem coisas piores do que a morte e uma delas é ficar parado esperando a Morte!
-Eu não quero morrer aqui – diz Cha.
-Bom eu vou arrisca a chegar ate minha casa e voltar ate aqui...
-Mas dessa vez você não vai sozinho – diz cha olhando seria para mim.
-Claro que ele não vai, eu vou com você Edward! - diz Nairo.
-Ta pode ser Nairo...vamos nos preparar, Marcelo onde esta meu Facão?
-Eu o deixei atrás da porta da cozinha.
-Valeu...

Nairo e eu fomos para cozinha comer alguma coisa, para repor as energias antes de partir. Lavo meu rosto e minhas mãos na pia, eu não agüentava mais aquela roupa precisava trocar, peguei meu facão atrás da porta e tirei o sangue que estava nele. Ele fico novinho em folha mas logo ele voltara a ter essa cor avermelhada. Nairo pega um Bastão de madeira e deixa-o do seu lado, olho pela janela e o dia estava amanhecendo.

Ainda não credito que tudo o que passamos foi em apenas um dia, e hoje era dia 29 em pensar que daqui a 2 dias é meu aniversario.

-E ai Edward...tudo pronto? – pergunta Nairo.
-Ã? A sim...tudo sim!
-Então vamos...

Fomos ate a sala onde todos estavam, Marcelo estava deitado no sofá e Patrícia e Cha estavam conversando no outro sofá. Nos aproximamos deles e cha vira o rosto e me olha com um olhar de tristeza, pois era mais uma vez que iríamos nos separar.

-Cha eu...
-Me da um abraço bem forte! – nos abraçamos muito forte, por que poderia ser a ultima vez que nos veríamos.
-Eu queria te pedir desculpas por tudo, não quis ser grosso com você aquela hora, me desculpa!
-Claro...não esquenta com isso!

Olho em volta para todos e baixo a cabeça, e sigo com Nairo ate a porta para sairmos.

-Eu prometo que nós vamos voltar a salvo...depois vamos sair dessa cidade. Marcelo cuida delas para mim.
-Pode deixa cara...boa sorte!
-Vamos Nairo...

Saímos então do apartamento de Cha e continuamos pelo corredor bagunçado e completamente manchado de sangue, com muito silencio e cuidado nos aproximamos da escada pois o elevador estava desativado. Olho alguns degraus a baixo para ver se estava limpo, descendo então chegamos ao segundo andar, tudo estava muito tranqüilo ate a hora em que chegamos ate a escada para descermos ate o primeiro andar, nós nos depararmos com um bando deles bloqueando a escada.

-Nairo não vamos conseguir passar por eles...se eles nos verem vamos ter sérios problemas! – falo baixinho.
-É to sabendo...vamos tentar descer pela escada do lado do prédio.
-Mas esta do outro lado do prédio, teríamos que ir pelo lado de fora daquela sacada... – aponto com o dedo para a janela do corredor.
-Vamos ali ver!

Havia uma passarela muito pequena que daria para nós ir caminhando lentamente ate a outra janela que estava com a escada. O jeito era ir por ela mesmo e tentar descer, então eu subo primeiro para ver se daria para passarmos.

-Vem Nairo...acho que vai dar certo, só não olha para baixo.
-Ta certo to indo!

Começamos a caminhar sobre a passarela para chegar ao outro lado, já chegando na escada eu consigo me segurar na barra de ferro que havia ali. Olho para trás e Nairo estava vindo muito lentamente, chegando já ate a escada eu passei por uma janela fechada sem nenhum problema.

Mas na hora de Nairo não foi a mesma coisa, um deles avisto Nairo de dentro do prédio e rapidamente pulo nele quebrando a janela, por sorte ele seguro firme na parede mas não caiu mas o cara que pulou já não posso dizer o mesmo.

-Nossa essa foi por pouco! – diz Nairo com os olhos quase saltando para fora.
-Vamos você esta quase chegando...
Quando Nairo foi segurar na barra de metal ele resvalou no caco de vidro que havia ali e quase caiu se eu não tivesse Le dado a Mão. Ele ficou pendurado pelo meu braço quase caindo, olho para o lado e vejo pela janela que o cara quebrou mais deles vindo.

-Rápido Nairo...se apóia com o pé ai no ferro e sobe!
-Ta...

Consigo fazer Nairo subir e então começamos a descer as escadas, olhei rapidamente para cima e vejo por coincidência Cha e Patrícia lá no alto nos observando.

Dou um leve sorriso e continuo descendo, chegando ao fim das escadas pulamos para o chão e nos escondemos atrás de uma lixeira enorme.

-E ai tudo bem? – pergunto para Nairo.
-Claro...tudo sim! Obrigado cara, se não fosse você ali eu estava ali junto com aquele cara feito panqueca!
-Não por isso! Bom vamos continuar, temos que atravessar a rua e cruzar por mais duas quadras!
-Nós vamos ter que passar perto do Zoológico da cidade e passar pela construção não é?
-É vamos sim...mas para isso temos que conseguir chegar ate o outro lado...Vamos ter que correr muito e deixar eles para trás entendeu?
-É vamos tentar né...
-Então no 3...1,2...3 vamos!

Corremos atravessando a rua para o próximo beco a nossa frente, os infectados que se aproximavam pelo lado eu batia com o facão para afastá-los, Nairo fazia o mesmo com o bastão!

-Tem uma cerca logo em frente, vamos ter que pular o mais rápido possível Nairo, eu vou na frente para te dar impulso com o joelho para você poder subir!
-Mas e você?
-Eu consigo subir...vamos lá!

Eu vou na frente e me posiciono de frente para Nairo, eu vendo aqueles canibais logo atrás dele querendo nossas cabeças. Nairo sobre em um pulo apoiando-se no meu joelho, eu subo apoiando com o pé na parede e o outro em uma caixa, logo consigo subir.

Atravessando estávamos a frente do Zoológico da nossa cidade, corremos ate ele para cortar caminho ate minha casa. Na entrada estava tudo vazio apenas uma bagunça daquelas, comida no chão, o carrinho de pipoca quebrado no chão.

-Nunca pensei que veria esse lugar tão vazio. – digo.
-Edward espera!
-O que foi?

Paramos por alguns minutos e vemos uma criança sentada no escorregador na pracinha.

-Nairo é um deles, vamos embora!
-Não espera...pode ser que esteja vivo!
-Não Nairo espera! - Tento impedir Nairo de se aproximar da criança mas não consigo.

Nairo corre ate a criança e fica a sua frente, eu fico um pouco mais perto para o caso dela atacar ele.

-Oi...quem é você?

A criança olha para ele, era uma menina de aparentemente 10 anos de cabelos ruivos, e sardas no rosto, e vestindo um macacão jeans de all star. A menina olha para ele com o cabelo no rosto, vejo uma mancha de sangue enorme em seu pescoço, corro para avisar Nairo.

-Nairo ela é um deles sai daí!

A menina desce correndo o escorregador atrás de Nairo, mas ele a mata com uma pancada forte na cabeça que a derruba em um instante. Vejo Nairo ajoelhando-se perto do corpo da menina quase chorando, caminho ate ele e tento entender seu lado.

-Quem era ela?
-Minha prima... – Nairo fala com a cabeça baixa abraçando a menina.

Fico sem o que dizer para ele, sem palavras.

-Eu juro que eu ainda vou descobrir por que isso esta acontecendo, por que essa...essa doença se espalhou em nossa cidade! Por que aqui? Por que...DROGA!
-Calma cara...olha eu, prometo que nós vamos encontra todas nossas respostas, mas isso pode demora algum tempo.
-Você acha?
-Sim...agora a única coisa que podemos fazer é tentar continuar vivos, não podemos nos render agora...vamos embora!

Levanto Nairo pelo braço e voltamos a andar sobre o Zoológico, estávamos nos aproximando das jaulas dos animais, a maioria estava vazia, outras os animais haviam morrido. Papagaios mortos, Macacos estripados no chão, uma coisa que me chamou atenção.

-Nairo espera...
-O que foi?
-Olha...

A jaula dos Leões estava aberta e não tinha nenhum rastro de sangue nela, ela foi derrubada e o que saiu dali ainda estava vivo e eu não queria ver o que era.

-Minha mãe do céu! – diz Nairo olhando para lado.
-O que foi cara?
-Faça o que quiser mas não entre em Pânico Edward!
-Mas por quê?
-Olha!

Um Leão estava devorando um cavalo que estava caído logo ali em frente, não sabíamos se o Leão estava infectado ou não, pois ele estava coberto de sangue. Mas não vai fazer diferença se ele estiver ou não, infectado ou não ainda somos as pressas dele...isto é, se ele notar que estamos ali!

-Vamos sair daqui...Agora! – diz Nairo tremendo ao meu lado.
-Calma se fizermos barulho ele vai nos atacar e nos fará em pedaços...
-E o que você quer fazer? Lutar contra ele com esse facão?
-Prefiro ficar com meu Braço inteiro...eu devo ter 5 balas na arma e não vai fazer nada nele se ele estiver infectado.
-Bom então o que agente faz?

Avisto uma casinha na arvore a uns 30 passos da gente, se corrermos talvez conseguiríamos subir e ficaríamos salvos.

-Nairo vamos caminhando lentamente ate essa casinha da arvore!
-Ta bom vamos...
Caminhando lentamente nos aproximamos da árvore, vendo aquela fera carnívora estripando o pobre cavalo ali em frente, começamos a subir eu fui pela escada e Nairo pela corda para não perder tempo.
Chegando ao ultimo degrau a madeira quebra fazendo eu cair novamente ao chão fazendo o maior barulho e atraindo a atenção da fera.

-Droga!
-Edward sai daí!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

15º A casa de Charlene!

-Depois que conseguimos sair do colégio pelo esgoto, fomos para um super mercado e lá nos separamos mais uma vez.
-E você estava muito preocupado com a Emily?
-Muito, mas eu achava que ela estava segura junto com a Cha, mas ainda não sei o que houve direito... naquele momento eu só sentia Raiva, Ódio, e Medo.
-Eu te entendo, mas quando você encontrar ela de novo vocês tem que conversar e deixar ela te explica tudo.
-É eu sei, eu fui muito duro com ela...Pobre da cha, deve estar preocupada comigo essa hora!
-Vocês são muito amigos Não é?
-Somos...

Brenda levanta junto com Inocêncio e diz que esta melhor, então é hora de tentarmos sair.

-Bom gente, a melhor coisa que temos que fazer é irmos para a casa de uma amiga minha...
-Quem? - pergunta ino.
-O Nome dela é Charlene.
-E onde fica? É longe? - pergunta Patrícia.
-Acho que é umas 2 quadras daqui...
-E como vamos chegar ate lá? – pergunta ino.
-Bom não temos carro, e ir de moto é morrer na certa, vamos ter que ir a pé mesmo.
-Você ta maluco? Nós quase morremos tentando sair daquele hotel... – diz ino.

Por um momento eu levanto e começo a caminhar olhando para baixo pensando, em como poderíamos sair dali. Mas era muito arriscado sair dali e encara o perigo lá fora, mas também não podíamos ficar o resto da vida presos ali dentro esperando a morte chega.

-Á única saída é pelos fundos, é um terreno abandonado e não deve ter nenhum deles por ali. – digo a eles.
-Mas e você sabe ao certo onde fica a casa dela? – pergunta patrícia.
-Sim...sei sim.

-Então vamos...não temos o que fazer aqui! Disse ela.
-Eu ainda acho uma má idéia...devíamos ficar aqui e esperar por ajuda- disse ino.
-Ajuda? Inocêncio bota uma coisa na sua cabeça, todo mundo morreu, a sua mãe morreu, seu pai morreu, seus irmãos morreram, os policiais morreram, nós devemos ser um dos poucos vivos que resta nessa maldita cidade...Então se quiser esperar por ajuda fique a vontade nós vamos sair daqui. Digo para ele.

Todos concordam e sair da loja no final, Brenda não parecia muito bem ela estava pálida e com a pele um pouco roxa, mas pelo o que o Inocêncio disse ela estava apenas enjoada. Abro a porta lentamente e olho em volta para ver se tinha alguém mas ninguém a vista, então seguimos em frente pelo costado do muro sem fazer muito barulho.

-Vamos ter que passar para o outro lado, pulando o muro. – digo em voz baixa.
-Mas e como nós vamos pular esse enorme muro? Pergunta patrícia.
-Eu não sou bom escalador... – diz ino.
-Vocês ficam aqui que eu vou ate ali e boto algumas daqueles caixotes de madeira para vocês subirem, mas fiquem atentos pois se algum deles me ver vai vir com tudo, e vocês precisam ficar espertos na hora de subir e pular.
-Ta então seja rápido... – diz patrícia.
-Ta certo...bom eu vou indo, venham um de cada vez.

Corro abaixado ate os caixotes e pego um por um e coloco um em cima do outro, colocando o ultimo subo e vejo se esta firme para eles subirem. Faço sinal para eles virem um de cada vez, Patrícia é a primeira a subir, ela sobe com muita facilidade e se apóia no muro em seguida pula.

Vejo ino e Brenda discutindo de quem iria primeiro, Brenda diz para ele ir na frente que ela estava bem, mas não aparentava estar bem mas mesmo assim ino se convenceu e foi na frente.

Quando ino sobe no muro o ultimo caixote cai rolando fazendo muito barulho, eu olho para Brenda e nós ouvíamos os gritos deles se aproximando, pego de seu braço e a puxo com força em direção ao muro.

-Vamos me da seu pé Brenda, e segure-se firme no muro.
-Eu não vou conseguir Edward...
Olho para trás dela e vejo dois já pulando o outro muro, se não pulássemos morreríamos ali mesmo, não daria tempo de voltar ate a porta dos fundos da loja.

-Você consegue Brenda vamos...
-Amor eu sei que você consegue...eu te ajudo. – grita ino em cima do muro esticando sua mão para ela.

Ela impulsiona seu pé nas minhas mãos e pula rapidamente segurando a Mão de ino, olho em frente e vejo um deles já na minha frente correndo, abaixo-me e passo por baixo de suas pernas.

Vejo Brenda já em cima do muro a salva com ino, bom agora é ver como eu vou conseguir subir. O segundo já vinha vindo pelo lado quase me derrubando, desvio mas deixo cair meu facão. Tento pegar ele mas eles estavam em cima de mim, então eu corro em direção a parede e pego um pedaço de cano velho que tinha no chão enferrujado.

O primeiro que vinha eu bati com força na sua cabeça mas apenas o derrubo para o lado, e segundo eu desvio pelo chão batendo nas suas pernas. Vejo mais deles escalando o muro vindo em minha direção, pego meu facão no chão e corro ate o muro que em dois pulos eu consigo subir, me impulsionando em buracos que havia nele.

Eu consigo subir no muro e pular para o Lado de Patrícia e dos outros, do outro lado não vejo ninguém perto e não sei para onde correr, mas escuto a voz de Patrícia me chamando do outro lado do parque, começo a correr ate ela.

Vejo eles já subindo pelo muro logo atrás, eles caiam e tropeçavam um por cima do outro estavam quase me alcançando. Grito para Patrícia começar a correr para não esperar por mim.

- Corre, Corre, não se preocupa comigo...eu estou logo atrás de vocês!

Ela corre junto de Ino e Brenda, estou correndo no meio do parque e estava começando a chover, os trovoes estavam ficando mais fortes e mais deles estavam surgindo pelo lado juntando aos de mais atrás de nós.

-Tem que haver algum jeito de fazer eles pararem, mas são muitos não posso contra eles. – penso olhando para os lados.

Estou me aproximando deles e vejo que Brenda esta correndo mal, se eles seguirem atrás de nós vão nos alcançar.

-Nós vamos nos ver em breve...vou despistá-los para vocês correrem.
-E como você vai fazer isso? – Pergunta Inocêncio.
-Vão em frente a 1 Quadra daqui, e virem a direita em um prédio preto com cinza, apartamento 33 vão, vão!
-Mas Edward... – grita Patrícia.

Viro para trás e vejo eles se aproximando, faço um pequeno corte em meu braço derramando sangue pelo chão atraindo a atenção deles. Correndo para direita vejo um numero enorme deles se aproximando, mas pelo menos Ino e os outros estão a salvo.

Eu ouvia e sentia eles muito próximos de mim, suas mãos passavam de raspando pela minha camiseta tentando me puxar, mas não ia me entregar tão fácil. Vejo um carro logo em frente com a Porta do Passageiro de trás aberta, corro ate ela e entro.

Trancando a porta e indo para o banco do motorista eles cercavam todo o Veiculo, deixando-me sem saída. Tento fazer uma ligação direta que meu irmão ensinou-me a muito atrás.

-Vamos, Vamos... Pega porcaria!

Eles já haviam quebrado o vidro de trás do carro e quase entrando, se não fosse pelo numero enorme que havia já teriam entrado.

-VAMOS LIGA!

Finalmente o Carro pega, engato a Marcha-ré e bato contra outro carro mas logo boto a primeira e consigo sair fazendo muitos caírem do carro. Não consigo ver muito bem pois o vidro estava cheio de sangue, a rua estava bloqueada e estava muito difícil de dirigir.

Agora é achar o apartamento da Cha e ir para lá, virando na esquina vejo ino, Patrícia e Brenda entrando no apartamento. Dirigindo rapidamente tento parar mas o carro não parava, o freio não estava funcionando eu não sabia como parar.




Um deles estava no banco de trás que faz eu perde o controle e bater no poste, ele tentava me morder mas eu o afastava com a Mão. Olho em frente um bando deles correndo na direção do carro, será meu fim se eu continuar aqui.

Consigo alcançar meu facão que estava no banco do lado e o fico na sua garganta, sinto um cheiro forte de Gasolina e um fio do poste havia caído em cima do capo do carro. Jogo ele para o lado e saio desesperado para a frente do Prédio, vejo ino e patrícia subindo as escadas com Brenda.

Minutos depois o Carro explode me arremessando para dentro do prédio, fazendo eu me bater contra um pilar. Não consigo levantar, minha visão estava ficando embasada, só consigo ver uma pessoa vindo na minha direção.

Olho para ela mas não conseguia identificar quem era, não escutava direito...subindo as escadas eu caio inconsciente. Estou deitado em um sofá ouvindo alguém fala comigo, alguém esta segurando minha Mão.

Sinto uma lagrima pingando sobre ela, não tinha idéia de quem era mas eu conhecia o suspiro que logo em seguida eu ouvi. Era a cha segurando a minha Mão e sentada ao meu lado, era ela sem duvida.

-Cha? Cha é você? - Falo baixinho.
-Edward...você acordo graças a deus!
-Como eu cheguei ate aqui? E a Patrícia e os outros?
-Calma, Calma...eles estão bem! O Marcelo te trouxe ate aqui, nós ouvimos um barulho de um carro e ele desceu para ver se era você.

Abro os olhos lentamente e vejo o formato do Rosto de cha logo ao meu lado. Seguro sua Mão firme e digo para ela.

-Fico feliz que vocês estejam bem...fiquei preocupado...
-Eu também fiquei... eu achei que nunca mais veria você de novo – cha chora mais ainda ao me ver sorrindo.
-Não chora cha...nós conseguimos nos encontrar isso que importa.

Levanto do sofá e dou um abraço forte nela, ela chora mais ainda. Vejo Marcelo se Aproximando.
-Vem comer alguma coisa, você deve estar com fome. – diz Marcelo atrás de Charlene.
-Ta bom...- levanto e vou ate a cozinha com a cha.

Sento na cadeira e já estava pronto, torradas no prato e um copo de suco, estava tudo normal. Cha senta a minha frente e ficam me observando enquanto como e Marcelo fico encostado na pia da cozinha de braços cruzados me olhando.

-Que bom que vocês conseguiramchegar aqui – digo saboreando uma das torradas.
-É nós tivemos uma grande sorte mesmo...por pouco não conseguimos – diz Cha.
-E cadê o Nairo?
-Ele morreu... – diz Marcelo... Engulo seco e começo a tremer.
-O...O que?
-É ele morreu...ele queria sair daqui e procurar por você, nós não deixamos mas ele quis ir mesmo assim...então eu tive que matar ele. – diz Marcelo.
-É isso ai... – Concorda Cha.
-Como você pode ter feito isso Marcelo? Ele só estava...
-Preocupado? É nós entendemos ele, mas não podíamos ter feito nada- diz cha.
-E seus amigos também, aquele cabeludinho e as meninas com ele...nós matamos todos, e deixamos só você vivo. – diz Marcelo logo atrás de mim.

-Como puderam... ter feito isso? Então foi vocês que matou a Emily? Foi não é! – levanto da cadeira gritando.
-Aquela pirralha? Sim, foi muito divertido deixar ela ser infectada... – diz Cha.
-Primeiro deixamos um morde seu braço, depois a trancamos naquele quartinho para que você a encontra-se e mata-se você, por que você não teria coragem de matar ela. – diz Marcelo.
- Mas você foi mais forte e arranco a Cabeça dela...muito bem maninho, assassino de crianças!
-Não acredito nisso...
-E veja qual é a parte mais legal, agora nós vamos te matar e depois vamos sair da cidade e sendo os únicos sobreviventes dessa maldita cidade. – diz Marcelo

Marcelo vem rapidamente por trás e fica com uma faca nas minhas costas.

-Bom...só uma coisa vou te pedir,mande um Oi para a Emily quando você chegar lá em cima. – diz Marcelo
-Não faça isso cha... por favor!
-Lamento maninho, mas tem que ser assim...

Marcelo atravessa minha medula...

-Edward...Edward...ACORDA!
-AAAH... O que?
-Calma você só estava sonhando Edward –diz cha do meu lado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

14º Ele pode estar Vivo.

Então vou até ele e o abro lentamente, encontro uma garota aparentemente uns 17 anos, de cabelo ondulado com a franja lisa, usando All star preto, com duas munheque iras em ambos os pulsos.

-O...Obrigado!
-Quem é você?
-Meu nome é Patrícia!

Ajudo-a a sair do armário, ela estava bastante assustada acho que estava ali já algum tempo, saindo do armário ela levanta e me agradece novamente.

-Valeu...achei que nunca mais iria sair desse armário – fala ela arrumando os cabelos.
-É pode ser...faz quanto tempo que você esta ai?
-Eu sei lá, nem sei como eu consegui chegar ate aqui com vida.
-É você não é a única. – falo olhando para o lado.
-Por que esta aqui? – pergunta ela me olhando nos olhos.
-Meu...meu irmão ele é gerente dessa loja então...
-Á entendi! E ele está aqui?
-Não... acho que não!
-Bom isso significa que ele pode estar vivo...
-É pode ser mas as chances são poucas. Nossa esqueci do Inocêncio.
-Quem?

Corro ate ele mas ele já estava acordado, estava sentado contra parede de cabeça baixa. Havia muitas batidas no portão, eram eles querendo entrar mas o portão era muito resistente e não iria cair. Mas também estávamos trancados por enquanto, caminho ate ele mas no mesmo instante uma explosão na frente da loja, deveria ser o gás que estava na cozinha, em pensar que minutos atrás estávamos lá.

-Cara...você está bem? – mas ele não responde.
-Qual é seu nome? - pergunta patrícia pra mim.
-Edward...desculpe não ter falado antes.
-Não esquenta! Qual é a do seu amigo?
-A namorada dele...
-Hun

Ino estava de cabeça baixa e não falava nada, Patrícia e eu estávamos descansando sentados no balcão da loja. Ela me conto como havia conseguido chegar ali.

-E foi isso...estou aqui viva e meus amigos mortos.
-É parece que estamos no mesmo barco.
-Você aparenta ser muito fechado, quieto na sua...mas você é legal!
-É que ultimamente as coisas estão acontecendo muito depressa, alguns minutos atrás se tivéssemos nos encontrado nem estava agora falando com você.
-Por que?
-Por que depois o que eu vi ele fazendo, vi que não vale a pena fica desse jeito.
-E o que ele fez?
-Nós estávamos na cozinha do hotel aqui da frente, procurando sabe...a namorada dele, estava com um cheiro horrível de gás estava prestes a explodir, mas mesmo assim ele quis ficar lá e tentar encontrar ela. Mas eu tive que arrastá-lo ate aqui.
-Você salvo ele...e você também.
-É...foi!
-Bom então, como va...
-O QUE VOCE ESTÁ FAZENDO?
-Eu vou voltar lá ela pode estar viva.

Ino estava abrindo o portão da loja para sair e voltar ao hotel, pulo rápido do balcão mas já era tarde de mais, ele já havia saído, pego o facão no chão e corro atrás dele.

-Patrícia fica aqui, fecha o portão...
-Mas e vocês?
-Não se preocupe eu dou um jeito...

Patrícia fecha o portão e eu corro atrás dele, ele já havia chegado na frente do hotel estava tudo prendendo fogo na frente, um carro havia explodido na frente da loja, continuo correndo para alcançá-lo mas ele já estava longe.

Quando me avistaram começaram a me perseguir, estava chegando perto da entrada do hotel, vejo o poste de luz da calçada do hotel se balançando para cair corro mais ainda. Se não conseguir passar será meu fim, ele bloqueara a passagem da porta do hotel.

No ultimo suspiro pulo e me atiro para dentro do hotel, por um pouco o poste não cai em cima de mim. Bom hora de achar o desmiolado, corro ate as escadas e começo a subir rapidamente gritando por ele, mas nem sinal, o prédio já estava começando a pegar fogo poderia desmoronar a qualquer hora.

-Inocêncio...cadê você cara?

Já no primeiro andar vejo ele correndo com um garota nos braços.

-Ela está viva Edward...não falei!
-Temos que sair daqui o prédio pode cair...
-Então vamos!
-Não...esta bloqueada não podemos sair pela frente, temos que encontrar outra saída.

Sua namorada tinha cabelos pretos lisos, usava causa jeans e uma blusa preta também usava all star. Era linda a menina, estava inconsciente, olho e não vejo nenhuma mordida ou arranhões em seu corpo.

-Bom então como vamos sair?
-Eu deveria corta sua cabeça agora isso sim! Não sei estou pensando.
-Vamos tentar sair pelos fundos do prédio...
-Não a Patrícia ainda esta La na loja, não posso deixá-la para morrer.
-ATRAS DE VOCE!

Um vinha correndo por trás mas eu acabo com ele rápido batendo com força na sua cabeça.

-Vamos encontrar um quarto que para sair pela janela, estamos no primeiro andar...vamos!

Corremos ate um quarto mais próximo que estava com a porta entre aberta, dentro do quarto não havia ninguém então fomos direto ate a janela da cozinha.

-Droga esta emperrada... não consigo abrir. Fecha a porta do quarto você deixou aberta. – digo para ino.
-Certo!
-Não tenho outra escolha... – quebro a janela com meu facão.


Retiro vários cacos de vidro que dificultariam a passagem, olho para a Namorada de ino e vejo ela acordando lentamente, colocando a Mao na testa.

-Que dor de cabeça... onde eu estou? – diz ela.
-Oi calma ta tudo bem, meu nome é Edward, eu sou...amigo do seu namorado...vem temos que sair daqui.
-Amor você está bem? – diz ino chegando ao seu lado.
-Estou...só um pouco enjoada e tonta, mas nada de mais!

Ela não poderia estar infectada, não á sinais de mordida nem arranhões nela, pode ser que ela só esteja enjoada mesmo.

-Bom...eu não quero estraga esse momento lindo de vocês dois mas temos que ir...
-Sim vamos!

Começamos a descer a escada rapidamente, varias explosões a cima de nós estavam acontecendo, não tínhamos muito tempo para descer. Logo em baixo eles começaram a subir as escadas rapidamente olhando para nós.

-Á não... subam, subam...
-Ai meu deus – grita ela.
-Eu vou tenta derruba alguns vão subindo ate a janela... – falo para eles.

Uns três estavam subindo pelas escadas, alguns tropeçavam um em cima do outro, mas estavam subindo depressa. O primeiro que vinha bati com o Facão na sua cabeça e logo o empurrei com o pé que caiu em cima dos outros. O segundo bati sua cabeça contra o corri Mao da escada e o joguei para o lado que despenco da escada.

O ultimo que sobrou eu o empurrei contra o corri Mao e logo cravei o facão n seu peito, mas isso não o mato então torci sua cabeça. Bom hora de descer, começamos a descer rapidamente ates que viesse mais deles.

-Onde você aprendeu a luta assim Edward? – pergunta Inocêncio.
-Eu não luto, o desespero e o medo nos faz fazer coisas que nem nós achávamos que sabíamos fazer...vamos pular.

Caindo no chão, avisto patrícia no outro lado da rua nos chamando por uma pequena abertura no portão.

-Temos que correr se não, não vamos conseguir chegar ate a loja- digo para eles.
-Então vamos... – diz ino já saindo na frente.

Correndo no meio da rua uns já haviam nos avistado, então corremos mais, patrícia já nos esperava com o portão aberto, entramos rapidamente. Repondo o fôlego, vejo patrícia com uma pequena garrafa de água mineral na Mão vindo ate nós.

-Aqui, bebe isso.
-Valeu minha garganta esta seca mesmo.
-Vocês querem? – pergunta patrica para eles.
-Não obrigada...
-Edward, desculpe não apresentar antes...essa é minha namorada Brenda.
-É...muito prazer Brenda.
-Obrigado por nos ajuda...
-Não por isso, essa é a Patrícia, patrícia esses são, Inocêncio e Brenda.
-Oi... – patrícia fala quieta e fechada.

Vou ate a sala do meu irmão logo ali atrás, tento procurar alguma coisa que me diga onde ele esta, algum bilhete, recado mas não encontro nada.Ligo seu Notebook mas estava com pouca bateria, tento acessar meu email pra ver se avia algum recado de meus amigos.

Quando eu abro a pagina de emails eu não acreditava no que eu via, mais de 40 emails do Alexandre e de outros amigos não lidos. Comecei a abrir os emails de Alexandre, a maioria dizia.

‘‘Edward se sair do colégio vá para casa e tranque tudo, não saia’’
‘‘Edward não sei o que esta acontecendo com todo mundo, fique em casa e não saia’’
‘‘Edward parece que o que dizia nos jornais era verdade, vou tentar descobrir o que esta acontecendo’’

Vejo que á um email de um amigo meu que mora perto da minha casa dizendo.



‘‘Cara o que ta havendo com essas pessoas, meus avôs estão trancados no porão eu tranque eles por que eles queriam me matar, não sei o que esta acontecendo, se ler esse email tenta vir ate minha casa, eu estou bem mas não demore’’

Sento na cadeira de Alexandre e tento enviar um email para ele e para meu amigo.

‘‘Alexandre eu estou bem, estou aqui na loja de motos, não sei onde esta por favor me ajude’’

Depois enviei outro email para meu amigo.

‘‘Cara estou bem, vou tentar chegar ate sua casa’’

Quando vou termina de ler o resto dos emails termina a bateria, eu fico pensando se estou aliviado em pensar que meu irmão pode estar vivo, ou triste por não saber onde ele esta.

Volto ate onde estavam Ino, patrica e Brenda.

-Bom guris é o seguinte, a partir daqui eu vou seguir meu caminho e vocês o de vocês.
-O que? Ta falando serio? – pergunta ino
-Edward a melhor coisa é ficarmos todos juntos – diz patrícia.
-Não, não posso continuar com vocês eu preciso chegar ate em casa.
-E daí? Leve agente junto – diz Ino.
-Eu me viro melhor sozinho, sem ofensa.
-Nenhuma...só que nós somos gratos por você nos ajudar, então nem pense que vamos deixar você ai sozinho.
-Como assim? – pergunto.
-Olha Edward...se não fosse por você eu estaria pressa naquele armário, ou ate morta.
-É e eu estaria ainda La no hotel...cara não se liga você precisa da gente você gostando ou não...
-Eu concordo com os dois... – diz Brenda do lado de Ino.
-Eu não quero arrisca a vida de mais gente...
-Você não vai, então qual é o plano da gente sair daqui? – diz patrícia.
-Então vamos...

Todos me olham sorrindo, olho para Brenda e vejo a vomitando no chão muito sangue com um liquido amarelo junto.

-Amor você esta bem? – diz ino ajudando Brenda levantar.
-O que ela tem? – pergunta Patrícia.
-Ela esta mal, esta doente. – diz ino.
-Ela pode ter sido...
-Patrícia...não, não fala isso – sussurro no ouvido dela.

Ajudo Inocêncio levantar ela e vejo seus olhos meio amarelados, engulo seco e com um frio na barriga.

-Espera acho que tem alguns Analgésico aqui, espera vou pegar. – diz patrícia.
-Olha ali atrás tem remédio para dor de cabeça e vomito. Digo para patrícia.
-Ta...aqui toma.

Brenda toma os remédios que eu sempre tomava quando passava mal, vinha para a loja do meu irmão. Esperamos ela se recuperar ate ficar melhor, esperando converso com patrícia de como eu cheguei ate aqui.

-Depois que conseguimos sair do colégio pelo esgoto, fomos para um super mercado e lá nos separamos mais uma vez.
-E você estava muito preocupado com a Emily?
-Muito, mas eu achava que ela estava segura junto com a Cha, mas ainda não sei o que houve direito... naquele momento eu só sentia Raiva, Ódio, e Medo.
-Eu te entendo, mas quando você encontrar ela de novo vocês tem que conversar e deixar ela te explica tudo.
-É eu sei, eu fui muito duro com ela...Pobre da cha, deve estar preocupada comigo essa hora!
-Vocês são muito amigos Né?
-Somos...

Brenda levanta junto com Inocêncio e diz que esta melhor, então é hora de tentarmos sair.

-Bom gente, a melhor coisa que temos que fazer é irmos para a casa de uma amiga minha...
-Quem? - pergunta ino.
-O Nome dela é Charlene.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

13º Acontencendo outra vez!

-Estamos bem Edward, e você? – responde Cha
-Eu estou...
-E agora o que vamos fazer? – pergunta Cha.
-Vocês vão para sua casa Cha, nós nos encontramos lá.
-Não vamos encontrar um jeito de você passar... – Grita Nairo.
-Não, vão para casa da Cha, eu encontro vocês lá eu prometo.
-Ta bom, toma cuidado! – grita Cha.

Viro-me para trás e vejo-os se aproximando correndo em minha direção.

-Corram eles estão vindo! – grito.

Vejo a multidão de gente se aproximando, então corro ate o beco logo atrás de mim. Corro sem parar sem olhar para trás, vejo uma escada logo em frente que segue pelo lado do prédio, pulo em cima de um latão de lixo e com um impulso só me agarro na escada no mesmo instante puxo-a para cima para que eles não consigam subir.

-Puxa essa foi por pouco - respiro fundo e continuo subindo.

A loja do meu irmão era logo virando a esquina eu deveria apenas descer esse prédio, mas não garanto que será tão fácil.
Subo ate o terceiro andar, quebro o vidro com o facão e entro pela janela, estou dentro do banheiro de um dos quartos. Apoiando o pé em cima do vaso sanitário desço cuidadosamente sem fazer barulho, o chuveiro está ligado vou ate o Box e abro rapidamente a cortina, quase vomito ao ver aquilo.

Uma mulher com as tripas toda para fora, sem um braço e o coração pendurado por veias, um de seus olhos arrancados e sua cara completamente deformada.

-Meu deus... – coloco a mão na boca e sigo em frente.

Abrindo a porta lentamente vejo observo pela fresta da porta se não havia alguém por ali, mas não estava tudo vazio. Saindo então estou no corredor do pequeno quarto, vou ate a sala e vejo a porta aberta que saia do quarto, não havia ninguém na sala olho no corredor e não havia ninguém também.

Tranco a porta olho em volta, vejo tudo fora do lugar os sofás derrubados vasos de plantas quebrados manchas de sangue na parede, o vidro que ia ate a sacada do quarto todo quebrado.

A fome estava batendo novamente fui ate a cozinha lentamente pelo corredor, mas não havia ninguém lá. Então coloco a mochila em cima da mesa e pego o resto das frutas que eu havia pegado no super mercado, vou ate a geladeira e pego a jarra de suco de laranja que havia ali, no armário tinha pão e sacos de biscoitos recheados, lavo as mãos na pia tirando o sangue já seco, lavo o rosto tirando o suor e a sujeira. Vontade de desfrutar de uma hora de um banho quente em casa, vou ate a mesa e começo meu lanche.

-Nossa achei que nunca mais iria comer isso...

Era tão bom comer aquilo que meus olhos chegavam a brilhar de tanta felicidade, depois de fazer meu rápido lanche era hora de seguir, botei o resto dos biscoitos ainda fechados na mochila e uma garrafa de água mineral que havia dentro da cozinha.





Empunhando o facão e colocando a mochila atravessada, saindo da cozinha caminho pelo corredor vou ate a porta de saída do quarto, quando viro a chave escuto a porta do quarto abrindo rapidamente com um cara saindo rapidamente olhando para os lados com os cabelos nos olhos, ele corre na minha direção mas eu apenas coloco o facão na frente dele que o faz parar.

O facão fica no seu pescoço, ele me olha através dos cabelos com um olhar de preocupado e ao mesmo tempo assustado. Eu o olho da cabeça aos pés, mas ele não aparentava ser um deles, não tinha roupa rasgada nem manchada de sangue, e nenhum ferimento no corpo.

-Quem é você? – pergunto mas ele fica em silencio.
-Vou pergunta mais uma vez...quem é você?
-Por que está aqui na minha casa? – fala ele com uma voz roca e assustada.
-Digamos que apenas eu estou aqui de passagem, não se preocupe eu já estava indo embora, agora se você me impedir... você vai?

Abaixo o facão e vejo o tirando os cabelos dos olhos jogando a franja pro lado, ele tinha cabelos claros e vestia uma camiseta preta, calça jeans clara e tênis branco.

-Eu pensei que fosse um deles... – fala ele.
-É eu também pensei que você fosse mas você não aparenta – ele puxa um leve sorriso e volta a falar comigo.
-Meu nome é Inocêncio, mas pode me chama de ino.
-Prazer ino... bom eu tenho que ir, estou com pressa.
-Espera, onde você vai?
-Eu preciso encontra meu irmão, ele pode estar na loja aqui na frente deste prédio, é onde ele trabalha.
-Eu...posso ir com você?
-É melhor não, não quero me responsabilizar por mais ninguém.

Abro a porta do quarto mas por um instante meu bom senso bateu em mim, e me fez pensar o que ele faria ali sozinho?

-Eu estou procurando pela minha namorada, nós nos separamos a caminho daqui, me ajude a encontra – lá ... por favor!

Por um instante me coloco no lugar dele e imagino como deve ser horrível perdermos alguém que amamos e não saber ao menos se esta viva ou não. Por incrível que pareça estamos quase na mesma situação.
-Se você vem fica perto de mim – falo sem nem se quer olhar para ele.
-Eu nao sei seu nome – fala ele logo atrás de mim.
-Por que eu não disse... – Não estou no momento certo para fazer amizade.
-Ta bom...
-Vamos embora.

Saindo do quarto fomos rapidamente pelo corredor fazendo o mínimo de barulho, caminhamos ate o elevador ele estava ativado ainda, antes de chamá-lo vinha subindo alguém pelas escadas.

-Para trás... – chamo ino para ficar atrás de mim.
-O que foi?
-Escuta... são eles!

Vinha subindo dois pelas escadas ino se assusta e volta para o quarto que era logo atrás da gente, me deixando sozinho com eles. O primeiro que vinha correndo eu desvio e bato com o facão no pescoço dele atrás, logo o outro que vinha pelo lado eu empurrei com um chute que o fez se debater contra a parede mas logo volto, retiro o facão da cabeça dele e no mesmo tempo giro com força e arranco a cabeça do outro.

Respiro fundo e descanso, vejo ino me observando da porta do quarto com os olhos arregalados.

-Ta tudo bem...vamos!
-Cuidado... – grita ele.

Surge outro por trás saindo de um quarto me segurando pelas costas que faz eu derrubar o facão, dou uma cotovelada na sua barriga e torço sua cabeça, ino se aproxima lentamente levanta o facão e me entrega.

-O que foi? – pergunto.
-Nada...acho que isso é seu.
-Ata...valeu! Bom agora podemos ir.
-Claro.

Caminhamos ate o elevador e acionamos o botão para chamá-lo, ele estava no sexto andar eu escutava barulho, muitos barulhos não sabia da onde vinha, batidas e mais batidas, parecia haver gritos também por um instante me viro de costas para o elevador e tento prestar mais atenção no barulho.
-Você esta ouvindo isso? – pergunto para ele.
-Esses gritos e batidas? Estou sim.
-Não consigo ver da onde estão vindo.

Estava ficando cada vez mais forte e claro, olho no painel do elevador e já estava no nosso andar.

-Corre cara... – puxo ino pelo braço e corremos rapidamente para a escada.

O barulho vinha de dentro do elevador, estava cheio deles que fez nós descer pela escada. Descendo rapidamente com eles logo atrás da gente, não podíamos pensar em mais nada a não ser correr, eles estavam cada vez mais pertos então não chegaríamos ate o térreo então dobramos para a direta no primeiro andar, correndo ate as ultimas portas do corredor e nenhuma aberta todas fechadas.

-Fim da linha cara... – Fala ino quando chegamos ao fim do corredor em uma porta do ultimo quarto.
-Para trás... – com um chute arrombo a porta e entramos.

Ino fica na frente da porta bloqueando, enquanto isso acabo com um deles que havia ali na sala que estava estripando uma menina ali deitada no sofá.

-Rápido cara...me ajuda aqui! - grita ino.

Bato com força rapidamente na cabeça dele que o faz cair, empurro um armário para porta, com o impacto deles o armário foi e voltou com força. Nós dois ficamos bloqueando a porta ate eles pararem, mas eram muitos passar por aquela porta de novo seria algo impossível.

-Nós não vamos conseguir sair... estamos preços – diz ino logo do meu lado.
-Não tem que ter outra saída, sempre tem... agüenta ai!

Até a porta e coloco contra o armário isso vai segurar eles, vou ate a sacada do quarto e vejo a loja do meu irmão logo em frente, a vitrine estava destruída mas com o portão entre aberto.

-Olha está ali a loja do meu irmão!
-Nunca vamos descer ate lá.

-Nós vamos sim, demorei muito pra chega aqui agora que estou tão perto não vou desistir.

Vou ate a cozinha e abro a janela e vejo que estamos do outro lado do prédio, e tem a mesma escadaria que eu subi pelo outro lado.

-Aqui essa escada pode nos leva ate a frente, vamos descer.
-Mas...ta vamos!

Descendo pelas escadas uma explosão logo em cima de nós, uma janela explode logo 2 andar a cima, poderia ter sido algum gás que causou a explosão, cacos de vidros caíram em cima da gente mas as escadas nos protegeu da maioria.

-Fecha os olhos- diz ino.
-O que será que foi isso?
-Não sei mas vamos continuar.

Chegando no final da escadaria pulamos e caímos em cima de uns sacos de lixo. A ansiedade era tanta em chegar na loja do meu irmão que eu estava quase que chorando de alegria.

-Vamos estamos chegando...
-Espera...
-O que foi?- pergunto.
-E a minha namorada?
- Cara não sabemos se ela ainda esta...
-Mesmo assim, eu vou volta lá e procurá-la.
- Ahhgrr... espera!

Entramos novamente no Hotel, no térreo não havia nenhum deles. O que era bom para nós, faltava pouco tempo para eu ver se meu irmão ainda estava vivo ou não.

-Vamos por aqui – grita ino.

Corremos em direção a cozinha, entrando pela porta um cheiro super forte de gás estava lá, não dava para respira direito. Não havia também nenhum deles apenas a mesma situação, tudo bagunçado sangue para todos os lados.

-Cara ela não pode estar aqui! – falo para ele.
-Não ela me disse que era para nós irmos para a cozinha, por que seria seguro.
-Mas não podemos ficar aqui muito tempo, é muito perigoso explodir um desses gases.
-Eu sei, mas eu vou procurá-la...

Eu já não agüentava mais ficar ali inalando aquele cheiro horrível de gás, se continuássemos ali morreríamos. Mas ele não entendia, ele queria muito encontrar sua namorada, corro ate ele e tento convencê-lo de ir embora.

-Já chega Inocêncio é loucura ficar aqui, vamos embora!
-Vai você então!
-Seu idiota! – Bato com o cabo do facão e deixo-o inconsciente.

Carrego ele nas costas ate a frente do hotel, sem nenhum deles por perto coloco ele no chão e descanso um pouco. Ele era muito pesado, atrás de nós estava vindo pela escada do hotel alguns deles.

-Mas que...Droga!

Coloco ele novamente nas costas e corro o mais rápido que posso para dentro da loja do meu irmão, não consigo correr muito mas consigo chegar a tempo. Não perco tempo e solto ele no chão e tenta fechar o portão que estava entre aberto, me agarro nele e o puxo para baixo fechando uma das portas.

Havia mais a outra do outro lado, um havia entrado, não perdi tempo e matei com um tiro na cabeça, com a arma que eu havia pego do guarda do estacionamento do Mercado, fechando o ultimo portão ficamos seguros lá dentro.

-Deus... – respiro fundo rapidamente.

Ouso um barulho de aros de moto caindo no chão, corro ate o fundo da loja e vejo Bruno um dos amigos do meu irmão se debatendo contra um armário de metal. Vou indo com a pistola empunhada nas mãos, mirando diretamente nele.

-Bruno! – ele me olha com os olhos amarelos e a boca cheia de sangue!
-Foi mal cara...


Acertei bem na sua testa que o derrubo na hora, vou ate o armário e rapidamente lembro-me de que fiz isso da ultima vez, foi quando eu salvei a Emily pela primeira vez.

-Tem alguém ai? – grito mas ninguém responde.

Então vou até ele e o abro lentamente, encontro uma garota aparentemente uns 17 anos, de cabelo ondulado com a franja lisa, usando All star preto, com duas munheque iras em ambos os pulsos.

-O...Obrigado!
-Quem é você?
-Meu nome é Patrícia!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

12º Sangue Frio.

Nairo bate no estomago de Emily que faz ela cair para o lado se levantando rapidamente e indo na direção dele. Emily se joga e fica em cima de Nairo tentando morde-lo.

-Edward me ajuda...Por favor! Essa não é mais ela...não deixa ela me matar cara!

Emily tentava chegar ate o pescoço de Nairo mas ele a afastava com o braço, eu simplesmente fico sem reação, a garotinha que eu protegi durante esse tempo todo, a garotinha que eu salvei de dentro do armário da escola, a garotinha que nem aprendeu a viver ainda se torno mais um deles.

-EDWARD...

Nairo grita meu nome, e como ele disse aquela não é mais a Emily não mais. Levanto-me pego o facão que estava ao meu lado no chão, uma lagrima escorre pelo meu rosto que me faz tremer por um segundo.

-Me perdoa... – Falo baixinho.

Com toda força arranco a cabeça de Emily que faz rolar pelo chão, perco a força nas mãos e caio sentado com os olhos arregalados tentando saber se eu fiz isso realmente.

-Edward... – Diz Nairo sentado a minha frente.
-Me perdoa...Me...Me perdoa... – falo inúmeras vezes ‘me perdoa’
-Cara...você esta bem? Edward?
-Eu...não sei dizer...
-Eu sei como é cara...vem levanta!

Nairo ajuda-me a levantar, olhando friamente para o corpo de Emily minhas Mao começaram a tremer rapidamente, não acredito que fiz isso com essa menina, onde está Charlene e Marcelo que deveria estar protegendo ela?

-Vamos temos que encontrar seus amigos...
-Não! – falo friamente
-Como assim não?
-Vamos embora daqui agora... – pego o Facão no chão e limpo o rosto com o braço.

Vou ate uma porta de madeira com uma maçaneta enferrujada, abrindo a porta estávamos no estacionamento subterrâneo do Mercado, não havia muitos carros, a maioria estava destruído.

-Vem Nairo vamos embora...

Começamos a ir pelo estacionamento nenhum sinal deles por aqui, parecia tranqüilo mas havia rastros de sangue pelo chão eles haviam passado por aqui.

-Olha queria te agradecer pelo que você fez lá cara...A maioria das pessoas que estivessem ali hesitariam no mesmo momento, mas você não.
-Eu só fiz aquilo por que não tinha escolha, melhor uma vida do que nenhuma...
-Nossa, falando assim nem parece você.
-Tem razão...acho que é hora de não ter piedade, cada um por si a partir de agora.
-Ta se você diz... – Nairo me olha de canto com um olhar de medo.

Olhando em frente vejo um caminhando normalmente na nossa direção mas nem havia nos avistado, eu paro de caminhar e o observo cuidadosamente.

-Epa...problemas...é melhor não fazermos barulho se não pode chamar atenção dele.
-Então fica você ai de boca fechada... – Caminho na direção dele com o facão empunhado na Mao com firmeza

Ele me avista e corre em minha direção, aperto o facão com mais força e corro na sua direção também, no momento em que ele chega perto eu desvio para o lado e dou-lhe uma joelhada na barriga que o faz cair, não perco nenhum minuto e fico na sua garganta o facão.

No mesmo momento apareceu mais um por trás que pulo em minhas costas, mas eu apenas o jogo para frente mas ele alevanta-se rapidamente e torna a me atacar, mas o jogo contra um carro e corto sua cabeça.

O alarme do carro dispara olho adiante em um foco de luz, vejo sombras de pessoas correndo e gritando.

-Agora que vai ser um problema...
-E agora? – pergunta Nairo ao meu lado.
-Corremos...vamos!

Corremos em direção do nada estava a maior parte do estacionamento estava escuro, nós eramos alvos fáceis para eles então não podíamos parar de correr, a outra saída estava logo a diante mas o portão estava fechado então corremos ate os controles para abri-lo mas eles já estavam perto.

-Você sabe pelo menos como abrir isso?
-Sim meu pai trabalhou nisso, ele me ensinou mas precisamos da chave...droga! – diz nairo.
-Aqui, acho que ele não vai precisar mais disso.

Pego a chave que estava no bolso do guarda e junto com ele uma pistola, já não era sem tempo achar alguma coisa que presta-se.

-Toma...
-Ta abrindo...
-Mas é muito lento mesmo...eles estão chegando!
-Olha Edward...-Nairo aponta para o lado das pessoas que estavam correndo, um carro vinha acelerando rapidamente atropelando a maioria e jogando para os lados.

Ele para na nossa frente, havia duas pessoas dentro dele quando o carro para desce o vidro da porta e vejo Charlene e Marcelo.

-Quer uma carona? – diz Charlene sorrindo pra mim.
-Vamos Nairo...

Subimos no carro, o portão estava na metade mas já o suficiente para o carro passar, subindo a rampa saímos finalmente do mercado mas eles ainda estavam correndo atrás de nós.

Eles corriam muito estavam logo atrás da gente, era difícil dirigir nas ruas da cidade por estar cheia de carros destruídos e corpos por toda rua, caminhões e ambulâncias incendiados estava um caos total.

-Como é bom te ver de novo Edward! – diz Charlene virando para trás do banco sorrindo.

Mas eu nem faço questão de olhar para nenhum deles dois, vejo Marcelo me olhando pelo espelho retrovisor.

-Quem é seu amigo?
-Meu nome é Nairo...
-Meu nome é...
-Charlene eu sei, e ele é o Marcelo!
-Isso ai, prazer!
-Onde vocês estavam? – pergunto friamente.
-Como assim? – pergunta Charlene.
-Quer que eu soletre? ONDE VOCES ESTAVAM?
-Calma Edward... – fala nairo.
-Calma? Não me peça para ter calma Nairo, vocês dois estavam encarregados de cuidar da Emily, por causa de vocês ela está... grito bruscamente.
-Espera Edward...deixa eu explica por favor!
-A menina não tinha nem vivido a vida direito...ela tinha perdido tudo a única coisa que ela tinha que ela confiava era eu...
-Edward... diz nairo.
-Eu fiz de tudo para mante-la viva e tira-la daquele colégio achando que amanha ela estaria a salva e todos nos também...ESSE PESADELO NUNCA VAI ACABAR...NUNCA!

Charlene começa a chorar e Marcelo nem se quer me olha, Nairo fica calado o clima naquele carro estava muito pesado, mas também o que eu poderia fazer, o ódio e a raiva estavam tomando conta de mim e eu não sabia como controlar.

-Eles estão vindo...- diz nairo.

Olho para os lados e uma multidão de pessoas corriam atrás de nós, algumas estavam chegando perto do carro e muitos Marcelo atropelava.

-Eles vão fazer nós bater em alguma coisa, já não consigo ver nada! – Grita Marcelo girando o volante pro lado e pro outro.



Não podíamos simplesmente sair do carro ate por que seria o fim, olho para as ruas e tento observar através deles onde estávamos, nós estávamos perto da loja de motos do meu irmão só faltava uma quadra virando a esquina!

-Marcelo acelera a loja do meu irmão fica logo virando a esquina...
-Tem certeza? Pergunta ele sem nem se quer olhar para trás...
-Tenho...vai logo!

Eles começaram a se distanciar cada vez mais por Marcelo acelerar o carro, virando a esquina havia um poste caído e uma ambulância bloqueando a passagem, era impossível passar de carro.

-Bom eu vou seguir sozinho a partir de agora, eu vou sozinho ate a loja do meu irmão...
-Como é que é? Fico maluco Edward? – pergunta Charlene!
-A Cha tem razão cara, é muito perigoso – diz Marcelo me observando pelo espelho retrovisor.
-Não vem com esse papo agora ta, eu vou e ponto final!
-Eu vou com você cara – diz Nairo do meu lado.
-Acho melhor não – fique com eles!
-QUAL É A SUA EDWARD? Você quer sair por ai sozinho no meio desses canibais pra encontra o seu irmão que nem sabemos se esta vivo? – grita Marcelo
-É isso ai, por que alguma coisa contra?
-Olhem quem é aquele?

Um caminhão vinha atrás da gente um pouco descontrolado.

-MARCELO CUIDADO!

Marcelo bate em um poste no meio da rua por olhar para trás, o carro não ligava alem de ter acabado a gasolina.

-Droga...SAIAM AGORA! – Grita eu.
-Minha porta Tranco não consigo abrir...- grita Cha.
-Vem Cha por aqui... – grita Marcelo.

O caminhão que vinha atrás de nós bateu com tudo em nosso carro nos separando mais uma vez, Charlene, Marcelo e Nairo ficaram do outro lado e eu no oposto. Deitado no chão levanto-me rápido.

-Guris vocês estão bem? - grito para eles.
-Estamos bem Edward, e você? – responde Cha
-Eu estou...
-E agora o que vamos fazer? – pergunta Cha.
-Vocês vão para sua casa Cha, nós nos encontramos lá.
-Não vamos encontrar um jeito de você passar... – Grita Nairo.
-Não, vão para casa da Cha, eu encontro vocês lá eu prometo.
-Ta bom, toma cuidado! – grita Cha.

Viro para trás e vejo-os se aproximando correndo em minha direção.

-Corram eles estão vindo! – grito.